‘Nada fiz de errado’, diz Flávio Bolsonaro após Justiça determinar quebra de sigilos

Reprodução/Redes Sociais

A Justiça do Rio de Janeiro autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do senador e filho do presidente da República, Flávio Bolsonaro (PSL), e do ex-assessor Flávio Queiroz. A decisão do dia 24 de abril foi divulgada nessa segunda-feira (13) pelo jornal O Globo. Nas redes sociais, o senador se posicionou dizendo que “a verdade prevalecerá” e que ele não será usado para “atingir o governo” do pai (veja abaixo).

A quebra do sigilo foi decidida pelo juiz Flávio Nicolau que também determinou que o mesmo ocorra com a esposa de Flávio, Fernanda Bolsonaro; uma empresa deles, Bolsotini Chocolates e Café Ltda; as duas filhas de Queiroz, Nathalia e Evelyn, além de Márcia, esposa do ex-assessor e motorista do senador.

O período da quebra é de 2017 a 2018, período em que Queiroz esteve vinculado ao gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Outros 88 ex-funcionários do filho de Bolsonaro na Alerj terão as informações bancárias checadas, assim como seus parentes e empresas relacionadas a eles.

Raimunda Vera Magalhães e Danielle Nóbrega, mãe e mulher do ex-Policial Militar Adriano da Nóbrega, foragido acusado de comandar uma milícia na zona Oeste do Rio de Janeiro, também tiveram os sigilos quebrados.

Os norte-americanos Glenn Dillard, Charles Eldering e Paul Maitino são alvos, pois estão ligados a dois imóveis em Copacabana que foram adquiridos e vendidos por Flávio. Em um período inferior a um ano e meio o senador lucrou R$ 813 mil na transação.

A venda de salas comerciais, por parte de Flávio, para a MCA Participações e seus sócios, também está na mira da Justiça, pois após serem compradas, com 45 dias o senador as vendeu lucrando mais de 200%.

“A verdade prevalecerá”

Em nota divulgada nas redes sociais, Flávio Bolsonaro disse que a “verdade prevalecerá” e argumentou que seu sigilo bancário já foi quebrado “ilegalmente” pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, sem autorização judicial. “Tanto é que informações detalhadas e sigilosas de minha conta bancária, com identificação de beneficiários de pagamentos, valores e até horas e minutos de depósitos, já foram expostas em rede nacional”, diz em um dos trechos.

Apesar das investigações, Flávio argumenta que não fez nada de errado e que ele não será usado para “atingir o governo de Jair Bolsonaro”.

Por sua vez, a defesa de Queiroz afirma que recebeu a decisão da Justiça com “tranquilidade”.

Nota de Flávio Bolsonaro na íntegra:

“O meu sigilo bancário já havia sido quebrado ilegalmente pelo MP/RJ, sem autorização judicial.

Tanto é que informações detalhadas e sigilosas de minha conta bancária, com identificação de beneficiários de pagamentos, valores e até horas e minutos de depósitos, já foram expostas em rede nacional após o Chefe do MP /RJ, pessoalmente, vazar tais dados sigilosos.

Somente agora, em maio de 2019 – quase um ano e meio depois – tentam uma manobra para esquentar informações ilícitas, que já possuem há vários meses.

A verdade prevalecerá, pois nada fiz de errado e não conseguirão me usar para atingir o governo de Jair Bolsonaro”.

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