Nos últimos dias, mulheres de diferentes partes do Brasil começaram uma mobilização nas redes sociais para se posicionar contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). Um grupo criado no Facebook, o Mulheres Contra Bolsonaro – que já conta com mais de 2 milhões de integrantes -, e a hashtag #Elenão viraram alguns dos assuntos mais comentados. De Daniela Mercury à Deborah Secco, diversas famosas compartilharam conteúdos contrários ao capitão da reserva.
Outra figura bastante conhecida a participar do movimento foi Sasha Meneghel, filha da apresentadora Xuxa. Ela publicou, no Stories do Instagram, uma espécie de cartilha em que o autor, Lucio Caramori, aponta dicas sobre como “derrotar Bolsonaro”. O material chamado de Guia anti-Bolsonaro deu o que falar e fez com que Sasha virasse alvo de críticas.
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01 – 09 – 18 | weekend getaways
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Diversas fotos de Sasha têm sido invadidas por fãs, eleitores e admiradores de Bolsonaro. “Vive no país em que quem governa é o Trump e quer dar pitaco? Mimada”, escreveu uma internauta fazendo referência aos Estados Unidos, onde Sasha mora. Do outro lado, há quem defenda a filha de Xuxa pelo posicionamento. “Além de linda é sensata”, elogiou um rapaz.
O texto que aparece no Stories de Sasha foi publicado, originalmente, no Twitter. O autor, Lucio Caramori de 41 anos, é publicitário e escreve no blogue “E agora, Zé?“, hospedado no Medium.com. O conteúdo está disponível por lá desde o último dia 30 de julho. O projeto gráfico é do ilustrador André Sant Ana. “Resolvi usar minha experiência como redator publicitário e de campanhas eleitorais pra escrever um pequeno guia aqui (…) Veja bem: é a forma como EU vou abordar o assunto. Sinta-se à vontade para fazer ou não”, conta no início do texto.
Caramori ainda usa um debate entre Cristovam Buarque e Joaquim Roriz para justificar uma das sugestões dele contra Bolsonaro. “Esse último ponto (esquecer sarcasmo ou ironia) tem muito a ver com minha lembrança de um debate entre o Cristovam Buarque e o Joaquim Roriz na minha cidade natal, Brasília”, escreveu. “Cristovam ironizou o jeito tosco de Roriz falar. E isso pegou muito mal com o eleitorado mais simples”, disse. Clique aqui para ver na íntegra.
Ao Bhaz, Caramori disse que a ideia para o guia surgiu a partir da observação de discussões acaloradas. Ele cita grupos de família no WhatsApp como exemplo. “Eu comecei a perceber que certas discussões com parentes que são partidários do Bolsonaro não estavam levando a lugar nenhum. Então eu comecei a procurar alternativas de conversar com essas pessoas e ao mesmo tempo de mostrar para os indecisos a forma como essas pessoas agem, de forma ostensiva, cheia de raiva, muita emoção e pouca razão”, explicou.
“Eu tô achando muito boa a repercussão. O objetivo era que o guia se espalhasse para o maior número de pessoas possível. O conteúdo foi feito de uma forma muito honesta, muito clara. Eu não tô escondendo a cara, não estou fazendo terrorismo. Eu tô colocando o ‘preto no branco’ no que eu acredito, então quanto mais gente souber disso, puder ajudar e entender o perigo que a gente corre melhor”.