‘Calma, deixa eu responder’: Haddad discute com Bonner durante entrevista ao Jornal Nacional

Reprodução/Facebook

O candidato à Presidência da República, Fernando Haddad (PT), foi entrevistado pelo Jornal Nacional na noite dessa sexta-feira (14). Na bancada, o petista e William Bonner protagonizaram embates durante a entrevista, principalmente nas questões sobre corrupção.

Fernando Haddad começou a entrevista dando boa noite aos brasileiros e ao ex-presidente Lula. “Boa noite, presidente Lula, que milhões de brasileiros gostariam de ver, nessa cadeira, concorrendo a corrida presidencial”.

Logo no início da entrevista, o presidenciável reclamou de ser interrompido e foi irônico em suas respostas, fazendo acusações à Rede Globo. As perguntas focaram, principalmente, no tema corrupção no governo do Partido dos Trabalhadores.

“O senhor e outros integrantes do seu partido criticam, também, o judiciário”, afirma Bonner. No decorrer de uma longa pergunta, o apresentador explica que o PT fala muita em uma “conspiração” contra o partido.

Contudo, a maior parte das indicações dos nomes dos ministérios e judiciário, foram feitos por Lula ou Dilma, quando foram presidentes.

Após citar diversos casos de indicações dos petistas, Bonner conclui a pergunta. “Diante desses números, eu lhe pergunto: houve uma conspiração no judiciário ou houve uma enorme prova de isenção da Justiça?”.

“O que você testemunha aqui, com esses números, é que nós nunca partidarizamos o judiciário. O ex-presidente Lula jamais indicou um ministro do Supremo, do STJ, pensando em como esse ministro iria votar. Se ia votar a favor de A ou de B. Se ia perseguir A ou B…”, disse o candidato, antes de ser interrompido por Bonner.

“Então não há conspiração, não é candidato?”, indaga o apresentador. “Calma, deixa eu responder. Você fez uma longa pergunta, então quero fazer uma resposta a altura”, ri o candidato.

Ao ser questionado por William Bonner sobre o entendimento de procuradores do Ministério Público Federal, que afirmam que o PT agiu de forma sistêmica para o desvio de dinheiro público, e não de forma isolada de membros do partido, o candidato se mostrou incomodado por Dilma ter sido citada.

“Você citou a Dilma. Ela não é ré em nenhuma ação”, retrucou Haddad. “Ela é investigada, candidato”, rebateu Bonner.

“Estamos em um momento em que muitas pessoas que são investigadas são também absolvidas”, disse Haddad. “Vocês não tratariam os problemas da Rede Globo como vocês tratam os problemas do PT”, completou.

“Os problemas da República dizem respeito a milhões de brasileiros”, interrompeu Bonner novamente. Com isso, Haddad rebateu falando que a Rede Globo teria problemas com a Receita Federal.

Quando questionado sobre ter sido denunciado pelo Ministério Público de São Paulo, na última segunda-feira, por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, Haddad continuou e disse achar “natural” que pessoas que tenham vida pública sejam investigadas. Na visão do candidato, existe uma “indústria de delações”, na qual os delatores oferecem declarações sem nenhuma evidência em troca de redução de “até 80% da pena”.

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