Circula nas redes sociais o vídeo de uma idosa durante as manifestações desse 7 de setembro dizendo que quer “derrubar o comunismo”. Dona Rosa, que tem 95 anos, concedeu uma entrevista para o canal bolsonarista “Terça Livre”, enquanto participava de um ato a favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). No Brasil, ainda não existem comprovações de que em algum momento da história o país estivesse ao menos perto de adotar o regime político.
No vídeo, a entrevistadora perguntou à dona Rosa, que estava com uma bandeira do Brasil sobre os ombros, se ela queria derrubar a República, ao que a idosa respondeu: “Eu quero derrubar o comunismo”. A jornalista riu e respondeu que não tinha palavras. Confira o vídeo completo:
Em colaboração com o @tercalivre, @ValeriaBnews pergunta: “A senhora quer o fim da República?”
— tercalivrejuntos.com.br (@tercalivre) September 7, 2021
Dona Rosa, 95 anos, responde…pic.twitter.com/wiwGy4NpSz
‘Cadê o comunismo para derrubar?’
O vídeo da idosa dizendo quer quer “derrubar o comunismo” ganhou grande repercussão nas redes sociais, e muitos internautas ironizaram o fato de Rosa querer destruir um regime inexistente no país. “A ignorância não tem idade! Dona Rosa, 95 anos. Sonho: derrubar o comunismo!”, comentou um usuário do Twitter.
“Uai gente e cadê o comunismo para derrubar?’, questionou uma pessoa. “A cabeça de um bolsonarista é um universo paralelo, uma realidade de outro vórtex temporal. ‘Quero derrubar o comunismo”, que comunismo, senhora, o Bolsonaro está na presidência tem uns 3 anos já. Que ameaça comunista é essa que está no poder?”, opinou uma internauta.
O que é comunismo?
O comunismo é uma organização socioeconômica que se organiza por meio da propriedade coletiva dos meios de produção. Dentro de um regime político comunista, os governantes tomam essa definição como base de organização. Em uma sociedade comunista não há propriedade privada, divisão de classes ou a necessidade de um Estado.
No Brasil, muito se fala que o país sofreu o golpe militar de 1964 para frear o então presidente João Goulart, que os defensores do golpe acreditavam ter planos de mudar o regime capitalista para o comunista. No entanto, não existem justificativas na história do Brasil que comprovem que isso de fato aconteceria e o argumento acabou utilizado para que o regime militar se mantivesse no poder, conforme explica o Uol.
A IGNORÂNCIA NÃO TEM IDADE!
— gente de mal (@gentedemal) September 7, 2021
Dona Rosa, 95 anos.
Sonho: derrubar o comunismo! pic.twitter.com/BeLg2qKdGq
uei gente e cadê o comunismo pra derrubar
— seninha (@CavaleiraJedi) September 7, 2021
a cabeça de um bolsonarista é um universo paralelo, uma realidade de outro vórtex temporal. “quero derrubar o comunismo” QUE COMUNISMO SENHORA o bolsonaro tá na presidência tem uns 3 anos já. que ameaça comunista é essa que tá no poder
— deni & the jets (@patrocluos) September 7, 2021
O povo brasileiro quer “”derrubar o comunismo”” sem saber oq é comunismo , na cabeça desses velhos do zap o comunismo é uma ideologia que faz vc querer ser gay e não a ideologia da luta de classes kkkkkkkkk
— pilar CEO da agência Chu passeios🦇 (@apenasobrabo) September 7, 2021
Manifestações em BH
Em todo o Brasil, manifestações a favor e contra o governo Bolsonaro aconteceram neste feriado da Independência. Na capital mineira, as manifestações bolsonaristas tomaram conta da região da Pampulha e da Praça da Liberdade, com motociatas e pedestres levantando a bandeira nacional.
Dentre as pautas defendidas, estavam o pedido de retirada dos atuais ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), o voto impresso e a reeleição do presidente da República. O entorno da Praça da Liberdade acabou sendo fechado, e o local ganhou policiamento militar.
🇧🇷⚡ BH MG AGORA – MODO BOLSONARO 3 ⚡🇧🇷 pic.twitter.com/ccgNkevAkA
— Mário Lellis (@LellisMario) September 7, 2021
Ato contra Bolsonaro
Já as manifestações contra o atual Governo Federal tomaram conta da Praça Afonso Arinos, na região Central, e teve participação do grupo 27º Grito dos Excluídos. Os manifestantes pediram a saída de Jair Bolsonaro da presidência, e melhorias sociais para o país.
A vereadora de Belo Horizonte Duda Salabert (PDT) esteve presente no ato e afirmou que é momento de “unidade do povo progressista”. “Não se combate escuridão com mais escuridão. Os ratos saíram do esgoto e estão nas ruas. Nunca vimos tantos fascistas nas ruas. Peço para os companheiros: se a linguagem deles é a violência, a nossa linguagem é a da esperança”.