Universitária transmite suicídio no Instagram e choca seguidores: ‘Já viram alguém se matar ao vivo?’

Reprodução/Facebook

Nos últimos meses, o suicídio se transformou em um dos assuntos mais comentados do Brasil e do mundo devido ao surgimento do jogo Baleia Azul. E, ao contrário do que muita gente pode pensar, o autoextermínio é um problema de saúde pública e deve ser tratado de tal forma.

Especialistas no assunto são categóricos: ninguém tira a própria vida porque quer morrer, mas sim para acabar sentimentos e pensamentos equivocados. Ao Bhaz, o psicólogo e psicanalista Eduardo Lucas Andrade explicou: “A pessoa que se mata não sente um desejo de morte em si, mas busca sanar dores existências por meio de um ato auto-agressivo visto como a única saída”.

E na quarta-feira (26) uma universitária entrou para as estatísticas de suicídio no país. Ela transmitiu a própria morte, ao vivo, por meio do Instagram. Cerca de 260 seguidores acompanharam o ato da jovem, que já havia dado sinais de que iria tirar a vida. A estudante de ciências sociais, que morava no Acre, falou sobre o assunto em diversas publicações no Facebook ao longo do dia. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas os socorristas não chegaram a tempo.

Reprodução/Facebook

Em entrevista ao G1, o major Cláudio Falcão explicou que amigos da jovem entraram em contato com a corporação. No entanto, passaram o endereço antigo dela. Ela havia se mudado recentemente e ninguém na nova vizinhança sabia onde ficava a casa da universitária. “A princípio, os amigos ligaram para que nós pudéssemos contê-la, mas passaram o endereço errado, que era onde ela morava antes de ter se mudado para a vila”, disse. “E nesse local, ninguém sabia informar onde ela estava morando agora. Infelizmente, não chegamos a tempo de conter devido a esse desencontro”, completou Falcão.

Centro de Valorização da Vida

O Centro de Valorização da Vida (CVV), do Governo Federal, recomenda que pessoas em situações de vulnerabilidade e que possam se matar sejam orientadas a buscar ajuda. Por meio do CVV, voluntários ficam disponíveis 24h para atender a ligações e conversar com quem os procura. É importante saber que eles são capacitados para ter uma escuta respeitosa e para ajudar a quem pensa ou costuma pensar em tirar a própria vida. O número é o 141.

Roberth Costa[email protected]

De estagiário a redator, produtor, repórter e, desde 2021, coordenador da equipe de redação do BHAZ. Participou do processo de criação do portal em 2012; são 11 anos de aprendizado contínuo. Formado em Publicidade e Propaganda e aventureiro do ‘DDJ’ (Data Driven Journalism). Junto da equipe acumula 10 premiações por reportagens com o ‘DNA’ do BHAZ.

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