Depois de determinar a liberdade de um criminoso, envolvido no assalto ao Banco do Brasil de Bacabal, no Maranhão, a Justiça voltou atrás e solicitou novamente a sua prisão, mas o homem já havia fugido. Wagner César de Almeida estava condenado a 58 anos e nove meses de prisão na Penitenciária de Pedrinhas, em São Luís, e agora é considerado foragido. As informações são do Uol.
A pena domiciliar com monitoramento eletrônico de Wagner havia sido determinada na última segunda-feira (21). Segundo a defesa, ele faz parte do grupo de risco da Covid-19 e estava há dias com febre, cansaço e dor no peito. O que fez o desembargador José de Ribamar Fróz Sobrinho voltar atrás na decisão foi um ofício da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária indicando “processos criminais em trâmite em outros estados”.
Junto ao documento vinha anexado um laudo médico que comprova que Wagner já havia melhorado de saúde e poderia continuar o tratamento dentro da unidade penitenciária. Policiais, então, foram até a residência do homem, mas não o encontraram.
“Foram feitas revistas em veículos e abordagens em motoqueiros que saíam do condomínio, também foi feito vigilância no perímetro próximo. A Polícia Civil adentrou o apartamento que o foragido teria alugado, mas não o encontrou. Agora ele é um foragido da Justiça”, disse o delegado Ederson Martins em entrevista ao Uol.
Criminoso perigoso
Wagner fez parte de uma quadrilha que aterrorizava municípios do interior para roubar agências bancárias com explosivos. No dia 25 de novembro de 2018, em Bacabal, a quadrilha da qual o homem fazia parte montou uma operação com cerca de 30 homens equipados com armas de grosso calibre e explosivos. Na ocasião, cerca de R$ 100 milhões foram levados do Banco Central e colocados em caminhões.
Em 2020, Wagner recebeu a pena de 58 anos e nove meses de prisão pelos crimes de receptação, porte de arma de fogo de uso restrito, formação de organização criminosa, latrocínio, dentre outros crimes.
