Uma funcionária de um supermercado localizado em Campinas (SP) acionou a Justiça contra o emprego por sofrer discriminação. Thaís de Paula Cyriaco é auxiliar de limpeza e estava proibida de usar o banheiro feminino desde setembro do ano passado por ser lésbica. Veja a decisão da liminar por AQUI.
De acordo com a auxiliar, ela foi impedida de usar o local após uma funcionária se incomodar com sua aparência, dizendo que se parecia com um homem. Com isso, a funcionária decidiu acionar a Justiça contra a empresa contratante, o atacadista onde trabalha como terceirizada e contra a empresa da funcionária que reclamou por considerá-la com aparência masculina.
A decisão da Justiça determina que o emprego de Thais seja mantido e que, a partir desta terça-feira (26), ela possa utilizar o banheiro feminino. Caso seja descumprida, a multa diária é de R$ 10 mil.
A rede de atacado Makro, onde a auxiliar trabalha, se manifestou por nota e disse que está “apurando o ocorrido” e que “não admite qualquer discriminação ou preconceito”.
A empresa Elofort, a terceirizada responsável pela funcionária, também disse que repudia quaisquer atos de discriminação.
De acordo com a empresa, a auxiliar teria dito, na ocasião do contrato, que gostaria de ser chamada de Thalison e tinha preferência em usar o banheiro masculino. Com isso, os funcionários passaram a tratá-la no masculino.
A Aurora, empresa responsável pela funcionária que teria discriminado Thaís, disse que desconhece o caso e a liminar e, com isso, preferiu não se manifestar.