Pastor Marco Feliciano causa revolta ao associar depressão a demônios

O deputado federal Pastor Marco Feliciano (Podemos-SP) voltou a gerar polêmica, desta vez, fora da Câmara dos Deputados, mas nas redes sociais ao publicar uma enquete em que pergunta aos internautas se depressão é causada por doença ou demônios. A enquete foi postada na terça-feira e deve ficar no ar por mais cinco dias.

Até agora, a enquete teve 383,1 mil votantes e 81% deles consideraram a depressão doença e 19% demônio. Mas se parece grande o número de votantes, a repercussão da enquete pode ser sentida no microblog Twitter, onde Marco Feliciano chegou aos treding topics da rede com críticas e ironias ao parlamentar. A maior parte dos comentários ironiza o parlamentar e o acusa de prestar um desserviço a quem sofre com a doença.

Você devia ter vergonha em levantar esse tipo de debate! Já parou pra pensar que alguém que esteja passando por essa situação pode deixar de procurar ajuda com medo de ser culpabilizado? Sério, da vontade de chorar só de pensar que o Brasil paga pra você prestar esse desserviço”, escreveu Allef Braga, no Facebook.

Que desserviço, senhor Feliciano, em pleno 2018… lamentável, tendo você noção do seu poder de influência! Pessoas morrem por depressão. Que irresponsabilidade sugerir que depressão possa não ser doença, desviando assim pessoas acometidas, dos tratamentos que podem evitar suicídio, por exemplo. Vergonhoso. Você representa o que há de pior na religião e também na política”, atacou Wilson Junior.

É causada por políticos que como V.Ex.ª destroem a nossa esperança de dias melhores. Seja cristão, Feliciano, abra mão das regalias, do poder. O Cristo que eu conheço passa longe da sua conduta!”, criticou Nay Oliveira.

Quem apontou a depressão como coisa do demônio também se manifestou nos comentários: “Muitas enfermidades são tratadas como uma doença física, e todavia nós procuramos explicação pra tudo quanto é doença. Mas na minha percepção a depressão é causada sim por algum espírito maligno (ou demônio) embora ambos sejam o mesmo”, alegou Rogério Santiago.

Até agora, Feliciano ainda não respondeu às críticas e mantém a enquete em sua página. À tarde, os compartimentos da enquete eram mais de 13,1 mil e quase 10 mil comentários.

Maria Clara Prates

Formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC/MG). Trabalhou no Estado de Minas por mais de 25 anos, se destacando como repórter especial. Acumula prêmios no currículo, tais como: Prêmio Esso de 1998; Prêmio Onip de Jornalismo (2001); Prêmio Fiat Allis (2002) e Prêmio Esso regional de 2009.

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