O desaparecimento e morte de uma menina de 6 anos chocaram moradores da Zona Norte do Rio de Janeiro. Aghata Victorino sumiu na tarde dessa quinta-feira (3) e, para desespero da família, o corpo dela foi encontrado horas depois, pela própria mãe, dentro de uma mala jogada em um rio no Engenho Novo. O homem apontado como o responsável pelo crime teria ajudado parentes da garota a procurá-la. Câmeras de segurança flagraram o momento em que o suspeito joga a mala com o corpo da criança na água. Ele ainda não foi identificado pela polícia.
De acordo com a Polícia Civil, familiares de Agatha contaram que ela brincava com outras crianças no quintal de casa quando foi vista pela última vez. Testemunhas explicaram que a menina foi chamada por um homem que se aproximou do local e que, logo em seguida, desapareceu. Quando se deram conta de que a garota não estava nas redondezas, parentes dela começaram a procurá-la. Vizinhos disseram que um homem foi visto com uma mala e algumas pessoas resolveram seguir o caminho feito por ele. Segundo o jornal O Dia, as buscas duraram até a madrugada desta sexta-feira (4), quando a mãe da criança a encontrou dentro da mala.
À publicação, a mãe de Agatha contou que não conhece o homem, mas que o viu participando das buscas pela filha. Luane Cristine, de 22 anos, disse que reconheceu o suspeito, a partir de características físicas, após ver o vídeo das câmeras de segurança que flagraram a situação.
“É ele. Eu reconheço. Ele ajudou a procurar a minha filha”, disse. Segundo Luane, a criança foi atraída para a morte com biscoitos. “Tinha biscoito na mala quando abrimos e metade de um deles estava comido. Ele deve ter dado o biscoito até onde ele queria chegar”, completou.
Ainda segundo Luane, Aghata estava viva quando a encontrou dentro da mala. A menina teria, inclusive, respondido pelo chamado da mãe. “Quando eu fui na outra rua, uma mulher gritou: ‘um homem acabou de jogar uma mala no rio’. Eu corri para lá e comecei a gritar o nome dela. ‘Agatha, Agatha, você está aí?’ E ela respondeu: ‘Oi'”, contou ao jornal O Dia.
“O Corpo de Bombeiros foi muito rápido, mas quando chegou disse que ela tinha acabado de morrer. A minha filha foi encontrada a três ruas de onde eu moro. A Agatha era ótima filha. Muito carinhosa. A minha ficha ainda não caiu. Ele vai pagar por tudo o que ele fez, pois Deus é justo. Não sei por que ele fez isso. Deve ser um maníaco estuprador”, completou.
Os avós maternos de Aghata foram ao Instituto Médico Legal para reconhecer e liberar o corpo da menina ainda na manhã desta sexta-feira. O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DH) do Rio de Janeiro. A motivação para o crime ainda é desconhecida.