Ministério da Economia defende fim da meia-entrada nos cinemas

sala de cinema
Ancine conduziu uma pesquisa que demonstrou a queda na compra de ingressos da modalidade inteira (Julien Andrieux/Unsplash)

O Ministério da Economia se manifestou em relação a uma consulta pública feita pela Ancine (Agência Nacional do Cinema) e defendeu a extinção de todas as regras que garantem a obrigatoriedade legal da meia-entrada para ingressos de cinema, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo. Segundo a Ancine, entre 2017 e 2019, aproximadamente 80% dos ingressos vendidos no Brasil foram de meia-entrada.

O órgão decidiu abrir a consulta pública por causa dos dados que evidenciam a queda na compra de ingressos na categoria inteira, e dos impactos disso no mercado exibidor. A consulta ainda está aberta e dura até o dia 13 de agosto.

Pesquisa

A Ancine conduziu uma pesquisa com base nos dados do SCB (Sistema de Controle de Bilheteria), fazendo uma análise do número de ingressos vendidos de meia-entrada entre o início do ano de 2017 e o término de 2019. Segundo os dados do SCB, ao término do ano de 2019, aproximadamente, 80% dos ingressos foram de meia entrada, sendo 59,75% legais, 17,27%  promocionais e 2,34% cortesias.

“Além disso, apesar da ampla abrangência, essa política não atende a parcela da população que não se enquadra nas hipóteses de direito a meia-entrada e que não possui condições econômicas de frequentar salas de cinema, visto que os critérios de acesso à meia-entrada não são majoritariamente baseados na renda”, aponta a Ancine.

Além disso, o órgão afirma que “membros de famílias com menor renda, em média, frequentam a escola por menos tempo que pessoas de famílias com maior renda” e acabam ficando desassistidos da política de desconto legal. A consulta pública da Ancine fica aberta até o dia 13 de agosto e para participar é preciso se cadastrar no Sistema de Consulta Pública. Os documentos podem ser consultados, sem necessidade de cadastro, na página Consulta Pública.

Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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