O ministro da Saúde Eduardo Pazuello falou, nesta segunda-feira (11), sobre o plano de vacinação contra a Covid-19 no Brasil. O representante, que tem sido cobrado por governadores e prefeitos, recusou-se a definir uma data para a imunização. Além disso, Pazuello disse que que os estados receberão as vacinas “a partir do terceiro dia” após autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). As declarações foram dadas em Manaus.
“A vacina vai começar no Dia D, na Hora H, no Brasil. No primeiro dia que chegar a vacina, ou que a autorização for feita [pela Anvisa], a partir do terceiro ou quarto dia já estará nos estados e municípios para começar a vacinação no Brasil. A prioridade está dada, é o Brasil todo. Vamos fazer como exemplo para o mundo”, garantiu Eduardo Pazuello.
A ida do ministro da Saúde a cidade de Manaus nesta segunda-feira (11) tinha por objetivo anunciar a data de início da vacinação na cidade. O estado do Amazonas é um dos mais afetados pela Covid-19, e passa por um colapso no sistema de saúde e funerário. Eduardo Pazuello afirmou, ainda, durante a sua fala, que a vacina não será obrigatória.
Plano de vacinação é individual para cada estado
Os governadores dos estados brasileiros têm uma reunião com Eduardo Pazuello prevista para amanhã (12), a fim de discutir o plano de vacinação. De acordo com o ministro da Saúde, cada estado tem o seu programa de vacinação, e é responsabilidade dos municípios deixar as salas de vacinação prontas para a imunização.
“Como é no PNI [Plano Nacional de Imunização]? No PNI, cabe ao ministério fazer chegar aos estados e municípios. O plano logístico é individualizado por estado, por isso a gente fala que cada estado tem seu próprio plano. O do Amazonas é totalmente diferente do Pará ou do Maranhão”, disse o ministro. “O plano do estado já existe. Ele só esta sendo adequado. E essa adequação é muito específica. E o plano do município é de execução”, ponderou o ministro.
Imunização pode começar 20 de janeiro
Eduardo Pazuello disse que a pasta está analisando a possibilidade de diminuir o número de doses aplicadas. Além disso, pretende-se aumentar o espaçamento entre a primeira e segunda doses necessárias. O objetivo é assegurar a redução da transmissão do novo coronavírus.
Segundo o ministro da Saúde, caso as vacinas em análise pela Anvisa forem aprovadas no prazo previsto de dez dias, a imunização pode começar no dia 20 de janeiro. Ele ainda afirmou que 354 milhões de doses de vacinas foram contratadas, sendo 6 milhões do Butantan e 2 milhões da Fiocruz. A vacina do Instituto Butantan aguarda aprovação da Anvisa para uso emergencial.