Moradores negam socorro a jovem agredido após o confundirem com Lázaro

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O jovem tentou pedir socorro mas as pessoas o confundiram com o autor dos crimes em Goiás (Reprodução/YouTube)

Um rapaz que havia acabado de ser agredido tentou pedir ajuda mas não foi socorrido por ser confundido com o foragido Lázaro Barbosa, procurado pela Polícia de Goiás há 15 dias suspeito de ser o autor de uma chacina que vitimou quatro pessoas da mesma família. Segundo a Polícia Civil do Mato Grosso do Sul, o rapaz se envolveu em uma briga na noite de ontem (22).

Ele foi encontrado com ferimentos na manhã de hoje (23), nas margens da rodovia BR-262, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, e não conseguiu ajuda dos moradores. O Corpo de Bombeiros foi acionado e encaminharam o jovem até o hospital Santa Casa, onde ficou hospitalizado.

A vítima teve apenas ferimentos leves e foi liberado ainda nesta manhã. A Polícia Civil afirmou que o rapaz tinha características físicas muito parecidas com a do autor dos crimes em Goiás.

Por segurança, o jovem pediu que não fosse identificado pois está com medo de que outras pessoas o confundam com o criminoso e tentem fazer justiça “com as próprias mãos”.

Alerta contra violência

Ao BHAZ, o delegado da 3ª Delegacia de Polícia de Campo Grande, Ricardo Meirelles, alertou que a população não tente nenhuma ação violenta durante esses dias em que o suspeito está foragido. O delegado reforça que, nesse caso do rapaz que não foi socorrido, se as pessoas tivessem se precipitado “poderiam ter cometido uma grande injustiça”.

“Já tivemos casos similares onde o medo causa atitudes impensadas, de forma alguma devemos fazer justiça com as próprias mãos. Toda pessoa merece julgamento e a gente tem que contar com o apoio e entrar em contato com a polícia [caso suspeite de algo]”, afirma.

“O sentimento de todas as polícias é que o autor do crime seja preso e responda judicialmente pelos fatos praticados. Mas somos contra qualquer tipo de pré-julgamento ou linchamento, temos leis e elas precisam ser respeitadas. Esse é um momento que todas as pessoas estão assustadas, mas devem tomar cuidado”, alerta o delegado.

Edição: Giovanna Fávero
Jordânia Andrade[email protected]

Repórter do BHAZ desde outubro de 2020. Jornalista formada no UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) com passagens pelos veículos Sou BH, Alvorada FM e rádio Itatiaia. Atua em projetos com foco em política, diversidade e jornalismo comunitário.

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