Morre 3ª vítima de PM que matou esposa grávida e atirou contra colegas em batalhão

Soldado Guilherme Barros
Soldado da PM se matou depois de cometer os crimes (Reprodução/Redes sociais)

Morreu a terceira vítima do soldado Guilherme Barros, que matou a esposa grávida e atirou contra colegas militares, nessa terça-feira (21). A major Aline Maria Lopes dos Prazeres de Luna foi uma das atingidas pelo tiroteio no 19º Batalhão de Polícia Militar de Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco.

A morte da policial foi confirmada ainda ontem pela Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, por meio das redes sociais. Ela tinha 42 anos e, durante a trajetória na PM, serviu no Batalhão de Choque, no 6º e 11º BPM e na Companhia Independente de Apoio ao Turista. No 19º BPM, atuava como subcomandante.

“As forças de segurança lamentam profundamente essa perda irreparável e se solidarizam com seus companheiros de tropa, amigos e, principalmente, familiares. Ela lutou bravamente pela vida, mas não resistiu aos ferimentos a bala”, diz comunicado da pasta.

O crime

O soldado Guilherme Barros matou a esposa grávida de três meses na manhã dessa terça. Após o crime, ele se dirigiu ao 19º Batalhão de Polícia Militar, atirou contra quatro colegas e se matou na sequência.

O tenente Wagner Souza, que trabalhava no local, morreu ainda no batalhão. Já a major Aline Maria Lopes dos Prazeres de Luna chegou a passar por cirurgia e ser encaminhada para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva), mas não resistiu.

Outro sargento atingido foi atendido e recebeu alta médica, enquanto um cabo, ferido no ombro, foi internado para avaliação médica.

Por meio de nota, a Secretaria de Defesa Social disse estar atuando para “dar o suporte aos feridos, investigar e coletar elementos que ajudem a elucidar as circunstâncias e a motivação dessa tragédia envolvendo policiais do 19º batalhão e a mulher de um policial”.

As polícias Militar, Civil, Científica e o Corpo de Bombeiros foram empenhados para prestar apoio à ocorrência. “Todos os fatos ocorridos na sede do 19º BPM serão apurados através de Inquérito Policial Militar, enquanto a morte da esposa do soldado Guilherme será apurada pela Polícia Civil”, informou.

Por meio da Força Tarefa de Homicídios, a Polícia Civil de Pernambuco registrou uma ocorrência por feminicídio e aborto provocado, já que a esposa do policial estava grávida. “O fato será investigado pela 14ª Delegacia de Polícia de Homicídios. Mais informações apenas com a conclusão das investigações”, acrescentou a secretaria.

Edição: Roberth Costa
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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