Um policial militar matou a esposa grávida de três meses na manhã desta terça-feira (20), em Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco. Após o crime, o soldado Guilherme Barros se dirigiu ao 19º Batalhão de Polícia Militar, atirou contra quatro colegas e se matou na sequência.
O tenente Wagner Souza, que trabalhava no local, morreu. Uma major que foi atingida pelos disparos passou por cirurgia e foi encaminhada para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
Outro sargento atingido foi atendido e recebeu alta médica, enquanto um cabo, ferido no ombro, encontra-se internado para avaliação médica. Segundo informações do g1, a esposa do PM chegou a ser socorrida com vida e levada para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da cidade, mas não resistiu aos ferimentos. O bebê também morreu.
O BHAZ procurou a Secretaria de Defesa Social que, por meio de nota, disse estar atuando para “dar o suporte aos feridos, investigar e coletar elementos que ajudem a elucidar as circunstâncias e a motivação dessa tragédia envolvendo policiais do 19º batalhão e a mulher de um policial”.
As polícias Militar, Civil, Científica e o Corpo de Bombeiros foram empenhados para prestar apoio à ocorrência. “Todos os fatos ocorridos na sede do 19º BPM serão apurados através de Inquérito Policial Militar, enquanto a morte da esposa do soldado Guilherme será apurada pela Polícia Civil”, informou.
Por meio da Força Tarefa de Homicídios, a Polícia Civil de Pernambuco registrou uma ocorrência por feminicídio e aborto provocado, já que a esposa do policial estava grávida. “O fato será investigado pela 14ª Delegacia de Polícia de Homicídios. Mais informações apenas com a conclusão das investigações”, acrescentou a secretaria.
Nota da secretaria na íntegra
As forças de segurança estão atuando de forma integrada, neste momento, para dar o suporte necessário aos feridos, colegas e familiares, além de investigar e coletar elementos que ajudem a elucidar as circunstâncias e a motivação dessa tragédia envolvendo policiais do 19º batalhão e a esposa de um policial. No contexto atual, não é possível repassar outras informações e é prematuro fazer conjecturas.
Neste momento de dor e comoção, solicitamos compreensão e respeito às vítimas, familiares, colegas de profissão e demais envolvidos. Oportunamente, faremos novos esclarecimentos. As polícias Militar, Civil, Científica e o Corpo de Bombeiros, além de outros órgãos, estão dedicados ao trabalho.