A Polícia Federal (PF) prendeu, no fim da tarde dessa segunda-feira (16), uma mulher de 48 anos suspeita de participar de atos antidemocráticos após a vitória do presidente Lula (PT) nas eleições. Ela se entregou à corporação em Campos dos Goytacazes, no Norte do Rio de Janeiro.
Ainda ontem, a PF já havia prendido um homem suspeito de comparecer aos atos na cidade. Ele também é suspeito de participar dos protestos terroristas que ocorreram em 8 de janeiro, em Brasília.
De acordo com levantamento, houve a apreensão de telefones celulares, computadores e documentos. A corporação busca um terceiro investigado.
Operação Ulysses
As prisões fazem parte da Operação Ulysses, que buscam identificar lideranças locais que bloquearam as rodovias que cruzam o município de Campos dos Goytacazes.
A ação da PF também quer encontrar os organizadores das manifestações em frente aos quartéis do Exército da cidade e a participação dos investigados e outras lideranças. Por fim, quem liderou o financiamento dos atos que resultaram na invasão dos prédios dos Três Poderes.
“Durante a investigação, foi possível colher elementos de prova capazes de vincular os investigados na organização e liderança dos eventos. Além disso, com o cumprimento hoje dos mandados judiciais, expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, será possível identificar eventuais outros partícipes/coautores na empreitada criminosa”, diz nota da PF.
A Polícia Federal investiga os crimes de associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e incitação das Forças Armadas contra os poderes institucionais.
Segundo a PF, o nome da operação é uma referência ao político Ulysses Guimarães, um dos principais opositores à ditadura militar.
Destruição aos Três Poderes
Os terroristas que invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o STF (Supremo Tribunal Federal) no dia 8 deixaram um rastro de destruição por onde passaram. Entre o acervo destruído, estão obras de arte, o brasão da República do STF, eletrônicos, móveis e muito mais.
O Palácio do Planalto divulgou uma lista do acervo artístico e arquitetônico que foi vandalizado na invasão (confira a lista completa aqui).
Os terroristas também levaram do edifício-sede do STF uma cópia da Constituição Federal de 1988 – a original segue em segurança no museu do prédio. Cadeiras dos ministros também foram levadas durante a invasão. O Supremo diz aguardar a perícia para divulgar a lista do acervo destruído.
Com Agência Brasil
