Uma jovem de 24 anos foi assassinada na cidade de Canelinha, na Grande Florianópolis. A mulher estava grávida e foi encontrada com a barriga cortada e o bebê havia sido retirado após o crime. A suspeita é de que uma conhecida tenha armado o assassinato para poder roubar o bebê da vítima. Após a jovem desaparecer, nessa quinta-feira (27), o corpo foi encontrado dentro de um forno de cerâmica abandonado, no dia seguinte.
No mesmo dia, a responsável pelo crime e o marido foram presos pela Polícia Civil. Segundo o delegado Paulo Freyesleben e Silva, responsável pela investigação, a vítima e a autora eram amigas. Assim, a gestante foi convidada para um chá de bebê em Canelinha.
“Durante o trajeto, ela desviou e entrou numa cerâmica abandonada. Ali, se armou com tijolo e desferiu os golpes na cabeça da vítima, fazendo que ficasse inconsciente. Depois, de posse de um estilete, abriu o abdômen da vítima e retirou a criança de seu ventre, indo para a via pública e simulando um parto espontâneo, natural, como se estivesse estourado a bolsa dela”, relatou o delegado.
Moradores da região auxiliaram a mulher, acreditando que o filho era dela, e a levaram até o hospital. Porém, profissionais de saúde desconfiaram. O bebê apresentava cortes no corpo provenientes da ação dela, que ao ser examinada não tinha indicativo algum de que havia passado por trabalho recente de parto. A criança foi levada para um hospital em Florianópolis em razão das lesões e a mulher permaneceu internada no hospital.
A autora confessou o crime, dizendo que havia planejado o assassinato há dois meses. A mulher relatou que o marido não tinha conhecimento da morte. De acordo com o delegado, a dinâmica do crime levantou suspeitas e por isso ele também foi autuado em flagrante por participação.
A dor dos familiares
Ao G1, a melhor amiga da vítima disse que o parto estava agendado para o início de setembro. A jovem, que trabalhava como pedagoga e sempre gostou de crianças, estava muito animada para o nascimento do bebê. “Era ótima professora. A gente pegou afinidade quando trabalhamos na mesma creche, surgiu uma amizade enorme. Ela era uma pessoa que não via maldade”, declarou ao jornal.
Na quinta-feira, quando a jovem desapareceu, amigos e familiares se uniram às buscas das autoridades. Orações e torcidas se multiplicaram, temendo que a história terminasse em tragédia. “Estávamos desesperados e decidimos procurar. Eu estava junto quando achamos ela. A gente sempre tem esperança de encontrar viva, mas no fundo sabia que algo ruim tinha acontecido”, disse a amiga.
