Onde estão Dom Phillips e Bruno Pereira? Manifestantes cobram respostas sobre desaparecimento na Amazônia

manifestação
Dom Phillips e Bruno Pereira desapareceram há uma semana na região da reserva indígena do Vale do Javari, a segunda maior do país (Reprodução/@vivireispsol/Twitter)

A praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, virou palco de reivindicação por esclarecimentos acerca do desaparecimento do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira. Eles desapareceram há uma semana na região da reserva indígena do Vale do Javari, a segunda maior do país.

Com camisas estampadas com a pergunta “Onde estão Dom Phillips e Bruno Pereira?”, familiares, amigos e manifestantes se reuniram durante a manhã de hoje (12) no Posto 6, lugar onde Dom costumava praticar stand-up paddle.

Em Belém, manifestantes também saíram às ruas para exigir respostas. “Há uma semana, o Brasil e o mundo perguntam e hoje tornamos a perguntar em Belém: onde estão Bruno Araújo e Dom Phillips? Exigimos respostas!”, escreveu a Deputada Federal Vivi Reis (Psol) em uma rede social.

Polícia Federal encontra vestígios

Na última segunda-feira (6), o MPF (Ministério Público Federal) instaurou um procedimento administrativo para apuração do desaparecimento. Já na sexta-feira (10), a Polícia Federal no Amazonas informou que equipes de busca encontraram material orgânico, “aparentemente humano”, em uma área próxima ao porto de Atalaia do Norte.

Não há informação ainda se a amostra recolhida tem alguma relação com o desaparecimento dos dois. O Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal é quem vai realizar a análise do material recolhido.

O desaparecimento

Dom Phillips, colaborador do jornal britânico The Guardian, e Bruno Pereira, servidor licenciado da Finai (Fundação Nacional do Índio), foram vistos pela última vez na manhã do último domingo (5). Os dois saíram da comunidade ribeirinha de São Rafael em direção à cidade de Atalaia do Norte, quando sumiram sem deixar vestígios.

Bruno Pereira, que é atualmente colaborador da União das Organizações Indígenas do Vale do Javari, já havia denunciado ameaças que vinha sofrendo. Na quinta-feira (9), a Justiça determinou a prisão temporária de Amarildo da Costa de Oliveira, de 41 anos, suspeito de envolvimento no caso. O processo segue em segredo de justiça.

Com Agência Brasil

Edição: Roberth Costa
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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