Após chamar fiéis de ‘encardidos’ e ‘meio sujos’, pastor pede desculpas

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O pastor Rodrigo Santos utilizou as redes sociais para pedir desculpas (Instagram/Reprodução)

O pastor Rodrigo dos Santos, que proferiu falas racistas durante uma live no Instagram (leia aqui), reativou suas redes sociais e pediu desculpas. Ele afirmou que conheceu a esposa Jéssica Maciel em um culto em uma região mais pobre, e que teria ficado surpreso ao encontrá-la, por ser um ambiente de fiéis “encardidos”, “mais moreninhos” e “meio sujos”. Nas desculpas, disse que teve uma atitude “infantil”.

Ele desativou as redes sociais logo após a repercussão, na noite dessa terça-feira (16). “Estou aqui para me redimir de um ato grosseiro no qual eu tenho cometido nesta semana, em um vídeo que está circulando. Tive palavras ofensivas e estou aqui para reconhecer cada uma delas”, iniciou o religioso em vídeo publicado em seu Instagram.

Ainda segundo o pastor, ele não quis atingir ninguém. “Não era minha intenção magoar alguém ou ofender alguma, e de forma alguma ser racista. Mas agi com palavras infantis e estou aqui para reconhecer e repugnar todas as minhas palavras. Peço perdão a todas as pessoas que eu tenha ofendido, em especial a comunidade negra”, disse Rodrigo.

Ofensas racistas

Em determinado momento da live, Rodrigo decidiu contar como conheceu Jéssica. O pastor explicou que foi em um culto na Igreja Batista do Calvário, localizada em uma região mais pobre, na Vila Pioneira, em Toledo (PR).

De acordo com o pastor, ele acabou reparando na esposa por ela se destacar no local, já que, segundo o religioso, o pessoal é “meio encardido”, “mais moreninho” e de “classe pobre”, o que contrastava com Jéssica. A mulher foi definida por ele como “loira” e da “zona mais nobre da cidade”.

“Pra quem é de Toledo (PR) e sabe… a Igreja Batista do Calvário fica na Vila Pioneira, que é uma região mais pobre, né? E na Pioneira a gente não via loira, né? Como a minha esposa, e quando ela veio pro culto, tipo, destacou, porque o pessoal [da igreja] é tudo assim mais classe pobre, mais moreninho, meio encardido, um povo meio sujo… mas ela veio e essa aí é da Zona Norte, zona mais nobre da cidade…”, disse.

Vitor Fernandes[email protected]

Sub-editor, no BHAZ desde fevereiro de 2017. Jornalista graduado pela PUC Minas, com experiência em redações de veículos de comunicação. Trabalhou na gestão de redes do interior da Rede Minas e na parte esportiva do Portal UOL. Com reportagens vencedoras nos prêmios CDL (2018, 2019, 2020 e 2022), Sindibel (2019), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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