A Polícia Federal (PF) cumpriu dois mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte com o objetivo de desarticular esquemas criminosos e profissionalizado de lavagem de dinheiro, nesta quinta-feira (1º). O crime era cometido por uma rede formada por diversas empresas de fachada.
De acordo com a investigação, as empresas simulavam a venda de mercadorias ao cliente do “serviço” de lavagem, que então pagava por produtos inexistentes via transferências bancárias ou boletos. Com o boleto, esperava-se dar aparência de legalidade. As quantias recebidas eram transferidas para diversas empresas de fachada. Os valores eram repassados ao exterior ou então feitas transferências para pessoas ligadas ao cliente inicial.
A investigação revelou, ainda, que empresa concessionária de serviços públicos de limpeza no município de São Paulo, a maior cliente identificada, valeu-se dos serviços ilícitos dessa rede profissionalizada de lavagem de dinheiro, tendo simulado a aquisição de detergentes, sacos de lixo, uniformes etc., entre os anos de 2012 e 2017. Assim, foram repassados mais de R$ 120 milhões para terceiros ainda não identificados.
Uma das células do esquema criminoso remeteu ilegalmente parte dos valores para o exterior, em favor de funcionário público argentino e em conluio com operadores financeiros que vieram a ser presos posteriormente no âmbito da Operação Lava Jato. Além disso, o grupo adquiriu vários veículos de luxo, todos registrados em nome de “laranjas”.
Os crimes cometidos e que até o momento foram descobertos são: lavagem de dinheiro, evasão de divisas, sonegação tributária e associação criminosa, bem como aprofundamento das investigações para a coleta de indícios de autoria em relação aos crimes de corrupção ativa e passiva.
Além da capital mineira, a PF cumpriu mandados em cidades de São Paulo (9), Santos (1), Paulínia (1) e em Lamin (2), na Zona da Mata mineira.
Da Polícia Federal