PM afasta militares que amarraram pés e mãos de suspeito de furto em SP

Policiais amarram suspeito
Conduta dos policiais foi registrada em vídeo (Reprodução/Redes sociais)

A Polícia Militar de São Paulo afastou dois agentes que amarraram os pés e as mãos de um homem suspeito de furtar um mercado, no último domingo (4). A conduta dos policiais foi registrada em vídeo e circulou nas redes sociais nos últimos dias.

Além de amarrar o suspeito, os militares também o arrastaram pelo chão e o jogaram em uma maca para levá-lo ao carro da PM.

Por meio de nota, a corporação lamentou o episódio e informou que “a conduta assistida não é compatível com o treinamento e valores da instituição”. Um inquérito interno foi instaurado para apurar as circunstâncias relativas às ações dos policias envolvidos no episódio.

“Todos foram preventivamente afastados das atividades operacionais, vez que as ações estão em desacordo
com os procedimentos operacionais padrão da instituição”, completa o comunicado.

A PM de São Paulo também informou que os procedimentos adotados na abordagem do suspeito serão analisados, além das imagens registradas pelas Câmeras Operacionais Portáteis (COPs) usadas pelos policiais, que foram inseridas como prova nos autos do inquérito.

Entenda o caso

Os dois policiais militares envolvidos amarraram pelos pés e pelas mãos um homem de 32 anos, suspeito de participar de um furto em um mercado na Vila Mariana, na capital paulista. De acordo com o registro policial, o suspeito e outros dois homens entraram no comércio e levaram produtos.

Ao fazer levantamentos na região, os militares encontraram o homem em uma rua, com duas caixas de chocolate. Ele teria confessado participar do furto, mas não teria obedecido a ordem para que se sentasse.

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra os agentes levando o homem em uma maca. O suspeito, depois, foi levado à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Vila Mariana para atendimento.

“Abordagem da PM com um irmão em situação de rua na UPA Vila Mariana. A escravidão foi abolida?”, questionou o padre Júlio Lancellotti ao compartilhar o registro.

Edição: Giovanna Fávero
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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