A Polícia Civil do Ceará autuou 32 pessoas que participaram de um evento ilegal, que ficou conhecido nas redes sociais como “festa do beijo” (relembre aqui). Em vídeos compartilhados pela influenciadora digital Kawanne Nobre no dia 21 de maio, várias pessoas aparecem aglomerando e trocando beijos na festa, em Juazeiro do norte, em meio à pandemia de Covid-19.
De acordo com o Diário do Nordeste, o Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) instaurado pela força de Segurança para investigar a conduta dos envolvidos na última semana foi concluído e resultou na autuação dos envolvidos. O procedimento policial foi encaminhado ao Poder Judiciário nesta segunda-feira (31).
As 32 pessoas autuadas por estarem no evento ilegal responderão por descumprir medidas sanitárias estabelecidas por decretos estadual e municipal de enfrentamento à Covid-19, com base no artigo 268 do Código Penal.
O caso
Nas imagens da festa publicadas nas redes sociais, Kawanne faz uma brincadeira com treze amigos, um de cada vez, perguntando “tapa ou beijo?”. Assim, sucessivamente, cada rapaz dava um beijo no rosto dela. Em alguns casos, o homem decidia beijá-la na boca, e algumas amigas também participaram. Ela pediu desculpas após a repercussão do caso.
A jovem ainda mentiu dizendo que a avó era juíza, e por isso não temia problemas com a Justiça do estado. No entanto, após a repercussão, e minutos antes de comparecer à delegacia de Cariri, Kawanne não só pediu desculpas no Instagram, como desmentiu a afirmação. “É uma senhora comerciante aposentada, a qual reportei ser uma autoridade não passou de uma brincadeira a qual também me arrependo”, disse.
Ela disse reconhecer o erro e escreve o texto como forma de se retratar por descumprir o decreto estabelecido pelo governo estadual acerca da pandemia da Covid-19. “Reconheço que errei, pois nesse momento muitos familiares sofrem por seus entes queridos que perderam a vida ou lutam até mesmo por um leito de UTI”, escreveu.
Após identificação dos suspeitos através de recursos tecnológicos e inteligência policial, os envolvidos foram intimados a comparecer à delegacia, onde foram ouvidos e assinaram um TCO por infração à determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa.
