Polícia Civil de Goiás conclui que morador atirou e matou ‘hipster da Federal’ em legítima defesa

Autor alega legítima defesa e responde em liberdade
Autor alega legítima defesa e responde em liberdade (Reprodução/Redes sociais)

A Policia Civil de Goiás concluiu que o morador de Buritinópolis que atirou e matou Lucas Valença, conhecido também como ‘Hipster da Federal’, agiu em legítima defesa. O inquérito da Delegacia de Polícia de Alvorada do Norte foi concluído nessa terça-feira (12). A polícia indiciou o atirador em flagrante por porte ilegal de arma de fogo. Ele pagou fiança e responde em liberdade.

Lucas Valença, 36, faleceu no dia 22 de março deste ano. A investigação concluiu que o autor do disparo, um homem de 29 anos, agiu sob legítima defesa e, por isso, não foi indiciado por homicídio.

O apelido ‘Hipster da Federal’ surgiu após Lucas escoltar o então deputado cassado Eduardo Cunha, em Brasília. O policial ficou conhecido nacionalmente e chamou a atenção pela sua beleza e modo de vestir-se, sendo considerado um “policial gato”.

Surto

Lucas Valença morreu em 2 de março deste ano, por volta das 23h, no Povoado Santa Rita, zona rural de Buritinópolis. De acordo com a polícia, o dono da propriedade relatou que estava em casa, com a esposa e a filha de 3 anos, quando ouviu barulhos de alguém andando em volta do local, gritando diversos xingamentos.

O proprietário da casa avisou que estava armado, mas mesmo assim, momentos depois, um homem desligou o padrão de energia, foi até a porta da residência e a arrombou. O invasor entrou na residência, e, por medo, o dono da casa apertou o gatilho de uma espingarda calibre 22 em direção a Lucas.

Ainda de acordo com o relato do dono da casa, ele não sabia que havia atingido Lucas e foi religar a energia elétrica da residência. Só depois da luz ter voltado que o autor do disparo constatou que atingiu Lucas abaixo do peito. O dono da casa então chamou a Polícia Militar.

Uma ambulância foi chamada, mas Lucas não resistiu e faleceu no local. O autor foi preso em flagrante, na época do fato, pela posse de arma. Laudo pericial constatou que a vítima, na data da ocorrência, tinha a substância entorpecente THC em seu corpo. Segundo amigos de Lucas, ele estava em tratamento psicológico, usava remédios controlados e suspeita-se que estava passando por um surto.

Edição: Roberth Costa
Giulia Di Napoli[email protected]

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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