A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira (20), uma operação contra um grupo especializado em falsificar diplomas para o curso de medicina. A organização, que agia em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, ainda inscrevia falsos médicos em Conselhos Regionais.
A Operação Catarse II mobilizou cerca de 30 policiais federais. Os agentes cumprem quatro mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal do Rio. Os alvos estavam nas cidades do Rio de Janeiro, Silva Jardim (RJ), Saquarema (RJ) e Montes Claros, em Minas.
Uso de documentos falsos
A investigação começou em abril de 2022, quando a PF prendeu duas pessoas em flagrante. Na ocasião, os suspeitos tentavam obter registros profissionais com documentos falsificados na sede do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro.
Em fevereiro deste ano, na primeira fase da operação, houve o cumprimento de 11 mandados de busca e apreensão contra pessoas físicas e jurídicas, incluindo duas clínicas médicas. Os agentes apreenderam celulares, jalecos, carimbos, documentos de identificação, carteiras do CRM, históricos escolares, diplomas e outros itens.
A investigação começou depois que o Conselho no Rio comunicou a PF sobre requerimentos de “registro profissional de médicos instruídos com documentos falsificados de graduação em medicina, notadamente diplomas e históricos escolares”.
Penas superiores a dois anos
Já na fase de hoje, a PF busca prender os líderes do grupo. Outro objetivo é desarticular a atuação em diversos estados e identificar outros suspeitos de envolvimento no esquema.
A corporação investiga os crimes de falsificação de documento público e uso de documento falso, com pena de dois a seis anos de reclusão e multa cada.
Com Polícia Federal
