O presidente do Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro), Clovis Bersot Munhoz, decidiu se afastar do cargo hoje (22). A demissão ocorre após uma técnica de enfermagem, 26, acusar o médico de fazer comentários sexuais no centro cirúrgico do hospital Glória d’Or, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
Munhoz é cirurgião ortopédico e foi indiciado pela 9ª delegacia policial, no bairro do Catete, pelo crime de assédio sexual.“Será aberta uma sindicância em seu nome para apurar a denúncia sobre assédio sexual veiculada na imprensa”, destacou o conselho em nota (leia na íntegra abaixo).
O comunicado destaca ainda que o processo será encaminhado ao CFM (Conselho Federal de Medicina), que vai designar o caso a outra regional, com o objetivo de garantir isenção e imparcialidade. “O conselho reafirma seu repúdio por qualquer tipo de assédio e trabalha junto das autoridades para coibir essa prática antiética e criminosa”.
Cremerj investiga anestesista
Na última semana, Clóvis Munhoz informou que Giovanni Quintella Bezerra, que estuprou uma mulher durante o parto, está impedido provisoriamente de exercer a medicina em todo o país. O Cremerj decidiu, ainda, instaurar um processo ético-profissional, cuja sanção máxima é a cassação definitiva do registro.
“Firmamos um compromisso com a sociedade de celeridade no que fosse possível e essa suspensão provisória é uma resposta. A situação é estarrecedora. Em mais de 40 anos de profissão, não vi nada parecido. E o nosso comprometimento não acaba aqui. Temos outras etapas pela frente e também vamos agir com a celeridade que o caso exige”, garantiu o presidente do conselho, , no último dia 12.
Nota Cremerj
Prezando pela lisura e pelo comprometimento com a transparência, o CREMERJ informa que o conselheiro Clovis Bersot Munhoz, que atualmente ocupa o cargo de presidente do Conselho, decidiu, junto à diretoria, se afastar. Isso porque será aberta uma sindicância em seu nome para apurar a denúncia sobre assédio sexual veiculada na imprensa.
O procedimento será encaminhado ao Conselho Federal de Medicina (CFM), que designará o caso para outra Regional, com o objetivo de garantir total isenção e imparcialidade.
O Conselho reafirma seu repúdio por qualquer tipo de assédio e trabalha junto das autoridades para coibir essa prática antiética e criminosa.