Psicóloga de 27 anos morre após receber contraste para exame de ressonância

Bruna Nunes de Faria
Jovem passaria por exame para investigar causa de AVCs (Reprodução/Redes sociais)

Uma psicóloga de 27 anos morreu ao receber contraste para fazer um exame de ressonância magnética, em Goiânia, na quarta-feira (21). Bruna Nunes de Faria teve que passar pelo procedimento para investigar a causa de dois AVCs (acidente vascular cerebral) que sofreu cerca de 45 dias antes.

Familiares da psicóloga suspeitam que ela teve um choque anafilático ao receber o contraste radiológico. “Vi minha filha morrer. Ela ficou com o corpo roxo. A última coisa que ela falou foi: ‘Estou sem ar’. E não falou mais nada”, contou a mãe, Jane Alves, ao g1.

Bruna Nunes de Faria era servidora da Prefeitura de Silvânia, em Goiás. A administração municipal divulgou uma nota de pesar pelo falecimento ainda na quarta-feira.

Nota de pesar
Prefeitura lamentou morte da servidora (Reprodução/Facebook)

A mãe de Bruna conta que a jovem passou por cinco neurologistas e três cardiologistas após sofrer os AVCs. A ressonância magnética do coração, exame durante o qual ela passou mal, seria o último exame a fazer.

A morte foi registrada na Polícia Civil, e a causa será determinada após autópsia feita no Instituto Médico Legal (IML). O BHAZ procurou a corporação para informações sobre a investigação e aguarda retorno.

Clínica se pronuncia

Bruna Nunes de Faria passaria pelo exame no Centro de Diagnóstico por Imagem (CDI) Unidade II, que fica na avenida Portugal. Por meio de nota, a outra unidade do centro de saúde explicou que há dois grupos distintos operando sob o nome CDI, que estão em fase final de separação judicial.

Um deles é operado sob a supervisão dos médicos Luiz Rassi e Colandy Nunes Dourado, e funciona com as Clínicas CDI Diagnósticos em Cardiologia, CDI Diagnósticos Angiotomográficos e Nuclear CDI.

O outro, funciona sob a responsabilidade de Ary Monteiro Daher do Espírito Santo e Adriana Maria de Oliveira Guimarães Monteiro.

“O exame da paciente Bruna Nunes de Faria, com fatídico e lamentável desfecho, foi realizado pela Clínica cujo responsável técnico é o Dr. Ary Monteiro Daher do Espírito Santo, que se chama Centro de Diagnóstico por Imagem PORTUGAL, o qual tem se identificado como CDI Radiologia”, diz o comunicado.

De acordo com a parte da CDI operada por Luiz Rassi e Colandy Dourado, o processo judicial de separação se deu em virtude de divergências de valores e princípios éticos no exercício da medicina.

“As clínicas sempre funcionaram de forma separada, apesar de estarem localizadas no mesmo endereço, realizando exames distintos, com equipamentos distintos, médicos e colaboradores também distintos”, esclarece a nota.

Nota da CDI na íntegra

“As Clínicas CDI, sob a coordenação do Dr. Luiz Rassi e Dra. Colandy Nunes Dourado, vêm a público esclarecer:

É com muita tristeza que recebemos a notícia da morte da jovem Bruna Nunes de Faria, paciente que realizava exame de ressonância magnética. Tal fato nos leva ao dever e obrigação de prestar esclarecimentos aos nossos clientes, corpo clínico, colaboradores, médicos e sociedade em geral.

Há dois grupos distintos operando sob o nome CDI. Um, o nosso – Dr. Luiz Rassi e Dra. Colandy Nunes Dourado -, com as Clínicas CDI Diagnósticos em Cardiologia; CDI Diagnósticos Angiotomográficos e Nuclear CDI. E, outro, sob a responsabilidade do Dr. Ary Monteiro Daher do Espírito Santo e Sra. Adriana Maria de Oliveira Guimarães Monteiro. Os grupos estão em fase final de separação judicial.

O processo judicial, iniciado há mais de 02 anos, se deu em virtude de divergências de valores e princípios éticos no exercício da Medicina. As clínicas sempre funcionaram de forma separada, apesar de estarem localizadas no mesmo endereço, realizando exames distintos, com equipamentos distintos, médicos e colaboradores também distintos.

O exame da paciente Bruna Nunes de Faria, com fatídico e lamentável desfecho, foi realizado pela Clínica cujo responsável técnico é o Dr. Ary Monteiro Daher do Espírito Santo, que se chama Centro de Diagnóstico por Imagem PORTUGAL, o qual tem se identificado como CDI Radiologia.

Informamos também que o processo de separação dos imóveis está em curso, a fim de que a população em geral possa diferenciar ainda mais as Clínicas, ao buscar e escolher livremente atendimento para diagnósticos médicos.

Por fim, nos solidarizamos com a família e amigos de Bruna Nunes de Faria, lamentamos profundamente sua morte e esperamos que a causa do óbito seja esclarecida de forma rápida e efetiva, com apuração pelos órgãos competentes”.

Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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