Record é racista e intolerante ao dizer que Beyoncé pratica ‘magia negra’

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Programa da emissora insinuou que religiões de matrizes africanas são “magia negra” e bruxaria, citando a cantora como exemplo (Reprodução/@beyonce/Instagram)

A emissora Record está sendo acusada de racismo nas redes sociais nesta quarta-feira (6). O motivo é uma reportagem do programa “Fala que eu te escuto”, que acusou Beyoncé de praticar “magia negra”, associando a algo voltado para o mal. Ademais, a emissora utilizou imagens da obra audiovisual da cantora, “Black is King”, para ilustrar a matéria. Internautas revoltaram-se com a atitude da Record.

Na reportagem, o objetivo é de explicar o que seria “magia negra”, e citar uma artista que supostamente estaria envolvida com as práticas. O embasamento usado pelo programa para tal afirmação foi uma acusação que Beyoncé recebeu de sua ex-baterista. Na acusação, a ex-integrante da banda de Beyoncé alegou que a cantora havia feito um “feitiço de abuso sexual” contra ela.

Ao apresentar a matéria, o programa usou trechos da obra audiovisual de Beyoncé, “Black is King”, cujo objetivo é exaltar as culturas da população negra africana. Além de citar a cantora, a reportagem se propõe a explicar o que seria “magia negra” e bruxaria. A emissora define como uma prática sobrenatural “com intenções e propósitos malévolos”.

‘Record racista’

Internautas e fãs da cantora logo se pronunciaram a respeito da reportagem. A hashtag #RecordRacista ficou entre os assuntos mais comentados do dia. Vários tweets demonstraram a indignação com o teor racista da matéria. Muitos também defenderam o trabalho de Beyoncé que foi usado pelo programa para ilustrar o que seria “magia negra”. Outros relembraram episódios de intolerância religiosa da emissora.

Edição: Roberth Costa
Andreza Miranda[email protected]

Graduada em Jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2020. Participou de duas reportagens premiadas pela CDL/BH (2021 e 2022); de reportagem do projeto MonitorA, vencedor do Prêmio Cláudio Weber Abramo (2021); e de duas reportagens premiadas pelo Sebrae Minas (2021 e 2023).

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