A emissora Record está sendo acusada de racismo nas redes sociais nesta quarta-feira (6). O motivo é uma reportagem do programa “Fala que eu te escuto”, que acusou Beyoncé de praticar “magia negra”, associando a algo voltado para o mal. Ademais, a emissora utilizou imagens da obra audiovisual da cantora, “Black is King”, para ilustrar a matéria. Internautas revoltaram-se com a atitude da Record.
Na reportagem, o objetivo é de explicar o que seria “magia negra”, e citar uma artista que supostamente estaria envolvida com as práticas. O embasamento usado pelo programa para tal afirmação foi uma acusação que Beyoncé recebeu de sua ex-baterista. Na acusação, a ex-integrante da banda de Beyoncé alegou que a cantora havia feito um “feitiço de abuso sexual” contra ela.
Ao apresentar a matéria, o programa usou trechos da obra audiovisual de Beyoncé, “Black is King”, cujo objetivo é exaltar as culturas da população negra africana. Além de citar a cantora, a reportagem se propõe a explicar o que seria “magia negra” e bruxaria. A emissora define como uma prática sobrenatural “com intenções e propósitos malévolos”.
‘Record racista’
Internautas e fãs da cantora logo se pronunciaram a respeito da reportagem. A hashtag #RecordRacista ficou entre os assuntos mais comentados do dia. Vários tweets demonstraram a indignação com o teor racista da matéria. Muitos também defenderam o trabalho de Beyoncé que foi usado pelo programa para ilustrar o que seria “magia negra”. Outros relembraram episódios de intolerância religiosa da emissora.
Em pleno 2021, a @recordtvoficial fez uma matéria insinuando que Beyoncé pratica “magia negra e bruxaria”.
— Beyoncé Access (@beyonceaccess) January 6, 2021
Enquanto falavam essas atrocidades, a emissora usou imagens de “Black Is King”, filme de Beyoncé que exalta a cultura africana! #RecordRacista pic.twitter.com/okcyDUbPx3
Em pleno 2021, um canal de concessão pública apresenta uma matéria que demoniza as culturas africanas, acusando Beyoncé de praticar “magia negra”, e dizendo que esse termo significa a prática sobrenatural para o mal. Não tem outro nome se não racismo. #RecordRacista
— Luana Alves (@luanapsol) January 6, 2021
Black Is King é cultura #RecordRacista pic.twitter.com/F0O2rTHiuy
— VASCO (@Beyfeitor) January 6, 2021
Sério que tem gente chocada com essa matéria nojenta da Record? Se esqueceram das vezes que essa emissora fez blackface nos programas? E o pior é que essa bosta continua no ar… #RecordRacista pic.twitter.com/VhLFWDsuPj
— angel. (@typsyla) January 6, 2021
Não é a primeira vez que a Record demonstra todo seu preconceito e intolerância religiosa,em 2018 silenciaram o “fé na sua mandinga” da música da IZA#RecordRacista pic.twitter.com/AHqxRBctuF
— Paulo? (@P4UL0_00) January 6, 2021