Brooksfield é flagrada explorando trabalho escravo: peça de R$ 6 vendida por até R$ 690

Roupa encontrada na oficina irregular tem a mesma estampa de peça no catálogo da marca (Foto: MTPS/Montagem: Repórter Brasil)

O Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS) flagrou uma oficina irregular na Zona Leste de São Paulo que atendia a marca Brooksfield Donna. As peças eram produzidas no local a partir de mão de obra análoga à escravidão: cinco bolivianos trabalhavam mais de 12 horas por dia, sete dias por semana, e ganhavam R$ 6 por vestimenta vendida por até R$ 690.

A ação do MTPS ocorreu em maio e flagrou que as pessoas exploradas, entre elas uma adolescente de 14 anos, moravam no próprio local de trabalho. “Na casa onde a oficina estava instalada, não havia extintores de incêndio, as instalações elétricas eram precárias e improvisadas, e o chão acumulava pilhas de tecidos, formando um cenário de fácil combustão onde a única porta de saída permanecia trancada”, afirma trecho da reportagem do Repórter Brasil.

Encomendas feitas pela marca na parede de oficina (Divulgação/MTPS)
Encomendas feitas pela marca na parede de oficina (Divulgação/MTPS)

No local também residiam outras duas crianças, acompanhadas pelas mães, que trabalhavam durante todo o dia. Uma empresa intermediária, MDS Confecções, fazia as demandas à oficina. Já a MDS repassava as peças à Brooksfield, do grupo Via Veneto. Questionada, a Via Veneto negou qualquer relação com os trabalhadores em situação análoga à escravidão.

“A empresa demonstra uma falta de vontade de resolver uma situação básica, de dignidade básica do trabalhador,” afirma a auditora fiscal Lívia Ferreira, coordenadora da fiscalização, ao Repórter Brasil. “[A Via Veneto] não teve nem uma humanidade mínima de pagar para cinco trabalhadores valores que nem são altos.”

Leia a reportagem completa do Repórter Brasil aqui.

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