Aumento de casos e falta de leitos faz cidade mineira decretar lockdown

exame covid
Cidade tem mais de 1,2 mil casos (Reprodução/Envato Elements)

O aumento de casos do novo coronavírus aliado com a falta de vagas nos hospitais fez a Prefeitura de Itaobim decretar lockdown pelos próximos 10 dias. A medida passa a valer a partir desta quarta-feira (9). A cidade da região do Vale do Jequitinhonha tem 1.284 casos confirmados de Covid-19 e 37 mortes, segundo a SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais).

Em vídeo postado nas redes sociais, o prefeito Fabiano Fernandes, juntamente com o secretário de Saúde, Acácio Moreira, apresentaram o cenário epidemiológico da pandemia no município que tem mais de 21 mil habitantes.

“Através de conversas e reuniões decidimos tomar medidas e um decreto mais rígido devido ao momento tão difícil encontrado em nossa cidade”, disse. Com o novo decreto, até as atividades consideradas essenciais não vão poder ficar abertas ao público: somente delivery ou retirada no balcão.

Sem leitos

A falta de leito de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) é um dos pontos que mais preocupam a administração municipal. “O hospital não tem mais vaga. Está com 100% de ocupação. Não tem vaga em Teófilo Otoni, Almenara e Jequitinhonha. Tudo está lotado”, destacou o secretário de Saúde.

O Painel Ocupação Leitos Covid da prefeitura apontou que a UTI está com 100% da capacidade e os leitos clínicos com 70%. Os dados são dessa segunda-feira (7).

Apelo

Prefeito e secretário pediram “encarecidamente” para a população respeitar as medidas que serão adotadas a partir de amanhã. “O lockdown é por 10 dias e vai fechar tudo, até o comércio essencial. Pedimos apoio da população, pois a responsabilidade não é só nossa. Se sair, use máscara. Se está contaminado não saía”.

O chefe do Executivo municipal ressaltou que a fiscalização estará atenta à possíveis desrespeitos. “Vamos estar de olho e conto com o apoio de todos. Fiquem em casa”.

De acordo com o decreto, somente unidades de saúde, serviços públicos, serviços de limpeza urbana, postos de combustíveis, hospitais e demais casas de saúde estão permitidas a funcionar. O documento pode ser lido aqui.

Edição: Vitor Fernandes
Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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