Representantes de clubes de lazer pedem a reabertura do setor junto à PBH (Prefeitura de Belo Horizonte). A FECEMG (Federação dos Clubes dos Estado de Minas Gerais) alega que eles têm totais condições de seguir os protocolos determinados e apontam a situação financeira como um dos fatores determinantes para a solicitação: “Estamos indo à falência”.
Um dos principais questionamentos é com relação ao decreto municipal em vigor que permite, por exemplo, o funcionamento de “serviços de alimentação para consumo no local” em “clubes de serviço, de lazer, sociais ou esportivos”, além de bares e restaurantes.
“Estamos com problemas sérios com o decreto, pois clubes ficam fechados, mas estão autorizados as escolas de esportes, restaurantes e academias. Não dá para entender. Por que não pode funcionar o clube como um todo?”, questiona Marcolino de Oliveira, presidente da FECEMG, em entrevista ao BHAZ.
O presidente da federação conta que encaminhou uma carta ao prefeito Alexandre Kalil (PSD) fazendo o pedido para que ele autorize a reabertura do setor. “Nós não conseguimos entender o critério de abrir parques e praças, mas o mesmo não acontecer com os clubes. Temos muito mais segurança: tapete sanitizante, mesas separadas, álcool em gel e medição de temperatura”, argumenta.
Prejuízos
Com o fechamento dos clubes, Marcolino diz que muitos sócios deixaram de pagar a taxa mensal e os reflexos já são sentidos. “Os clubes estão indo à falência, pois os sócios não estão pagando a taxa de condomínio. As contas chegando e funcionários sendo demitidos”, afirma o presidente da FECEMG.
“Nossa indignação é com o que foi estabelecido e os clubes deixados de fora [da flexibilização] sendo que promovemos a saúde física e mental. Pedimos a reabertura”, finaliza.
O que diz a PBH?
A reportagem questionou a prefeitura sobre o que motivou os clubes a permanecerem fechados. O Executivo municipal informou que a reabertura das atividades está acontecendo de forma “gradual”. “O impacto dessa primeira medida de flexibilização nos indicadores epidemiológicos e assistenciais será monitorada nos próximos dias”, disse em nota (leia na íntegra abaixo).
A abertura dos clubes e dos demais setores se dará, segundo a prefeitura, “caso haja estabilidade dos números”. “Caso haja piora nos indicadores, medidas de retrocesso também poderão ser adotadas”, afirma um trecho da nota.
Nota da PBH na íntegra
“O processo de reabertura é gradual e o impacto dessa primeira medida de flexibilização nos indicadores epidemiológicos e assistenciais será monitorado nos próximos dias. Caso haja estabilidade dos números, a Prefeitura, sob orientação do Comitê de Enfrentamento à Epidemia da Covid-19, estudará a possibilidade de avanços no processo de retomada, com a inclusão de atividades ainda não contempladas.
Caso haja piora nos indicadores, medidas de retrocesso também poderão ser adotadas”.
