Comerciantes citam lojas vazias mesmo após flexibilização em BH: ‘Cheias mesmo só as ruas’

Lojas seguem vazias, mas as ruas repletas de pessoas
Lojas seguem vazias, mas as ruas repletas de pessoas (Amanda Dias/BHAZ)

Com Amanda Dias

A segunda fase da flexibilização do comércio de Belo Horizonte teve início nesta segunda-feira (8). Assim como na primeira etapa, muitas pessoas foram vistas andando pela cidade, principalmente pela região do Centro. Apesar do aumento no tráfego de pedestres, lojistas não perceberam melhora nas vendas.

Maria Clara trabalha em uma loja na região da Savassi e conta, ao BHAZ, que o movimento atual não se compara com o de antes da pandemia do novo coronavírus. A comerciante exemplifica com a redução no quadro de funcionários.

“O movimento está fraco, o que aumentou foi o fluxo de carros e gente, mas a questão da venda e pessoas entrando na loja está devagar. Aqui era uma loja com fluxo intenso de pessoas. Agora mudou, tanto que a equipe está reduzida e só duas pessoas estão vindo trabalhar”, diz.

Quem também tem a mesma percepção é o lojista Welbert que vende bijuterias próximo da Galeria do Ouvidor. “O movimento está devagar. Cheio mesmo só as ruas. As pessoas estão só nas ruas, as lojas mesmo estão vazias”, relata.

Aglomeração de pessoas foi flagrada nas redondezas da Galeria do Ouvidor (Amanda Dias/BHAZ)

‘Insuportável’

O aumento no fluxo de pessoas nas ruas da capital também é observado por consumidores. A cabeleireira Aline Ferraz comprou aviamentos, pelo WhatsApp, e foi retirá-los na loja. Ela conta ter ficado assustada com o tanto de gente que viu.

“Está insuportável fazer compra. A entrega [dos produtos] demora muito e forma aglomeração de gente. O que não podia. Se ficasse aberto seria menos gente reunida”, afirma.

A profissional da beleza defende a flexibilização e a punição para os “desprotegidos”. “Tem que flexibilizar, mas tem que punir quem não usa máscaras e não mantem o distanciamento. A gente não pode ficar parado. Se isso acontecer, o que vamos fazer da vida?”, questiona.

Apesar de muitas pessoas estarem circulando pelas ruas da capital, o músico Guilherme Isonato diz não estar com medo de ser infectado pelo novo coronavírus. “BH é uma das cidades com o vírus mais controlado. Não tenho medo de andar pelas ruas. Se tenho que sair coloco minha máscara e sigo as orientações”, conta.

Autorização

Confira a lista dos segmentos liberados para funcionar, das 11h às 19h, a partir desta segunda (8):

  • Artigos usados
  • Artigos esportivos, de camping e afins
  • Calçados
  • Artigos de viagem
  • Artigos de joalheria
  • Souvenirs, bijuterias e artesanatos
  • Plantas, flores e artigos para animais (exceto comércio de animais vivos)
  • Bebidas (sem consumo no local)
  • Instrumentos musicais e acessórios
  • Objetos de arte e decoração
  • Tabacaria, Armamentos, Lubrificantes

Todos os comércios liberados anteriormente pela PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) continuam com a permissão para funcionar. Estão nesse grupo os considerados essenciais, que desde o princípio podem funcionar; e os que compuseram a chamada primeira onda de flexibilização.

Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

SIGA O BHAZ NO INSTAGRAM!

O BHAZ está com uma conta nova no Instagram.

Vem seguir a gente e saber tudo o que rola em BH!