O Ministro da Saúde Marcelo Queiroga anunciou, neste sábado (18), a redução do intervalo para aplicação da dose de reforço da dose de reforço da vacina contra a Covid-19. A partir da próxima semana, o intervalo passa a ser de quatro meses – um mês a menos do que prevê a regra vigente até então. Em Minas, esta mudança também foi adotada, conforme anunciou o secretário de Saúde Fábio Baccheretti nessa sexta-feira (17). O BHAZ também procurou saber como fica a situação na capital (veja abaixo).
A nível federal, a medida passa a valer nesta segunda-feira (20), como forma de combate à nova variante do vírus. “Para ampliar a proteção contra a variante ômicron, vamos reduzir o intervalo de aplicação da 3ª dose de cinco para quatro meses”, anunciou o ministro da Saúde por meio do Twitter.
“A dose de reforço é fundamental para frear o avanço de novas variantes e reduzir hospitalizações e óbitos, em especial em grupos de risco”, ressaltou Queiroga. O chefe da pasta informou ainda que a portaria com a modificação será publicada na segunda-feira e pediu: “Informem-se sobre o calendário vacinal de seu município e veja se já chegou a sua vez”.
Para ampliar a proteção contra a variante Ômicron vamos reduzir o intervalo de aplicação da 3ª dose de cinco para quatro meses. A dose de reforço é fundamental para frear o avanço de novas variantes e reduzir hospitalizações e óbitos, em especial em grupos de risco.
— Marcelo Queiroga (@mqueiroga2) December 18, 2021
Mudanças em Minas
Já a nível estadual, uma medida semelhante já havia sido anunciada pelo Governo de Minas nesta semana. Agora, o intervalo para aplicação da dose de reforço da Pfizer também passa a ser de quatro meses. A medida foi publicada na edição de ontem do Diário Oficial do Estado e também é uma forma de combater a ômicron, conforme argumento o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti.
“Estamos discutindo se reduz o tempo de reforço para quatro meses”, adiantou o secretário em entrevista coletiva no início da semana. “Se for confirmado que a ômicron tem efeito com reforço muito diferente, talvez essa decisão seja tomada em nível estadual, sem esperar a definição pelo Ministério da Saúde”, disse.
A publicação de ontem autoriza a administração de uma dose de reforço a partir de quatro meses depois da última dose do esquema vacinal primário. A determinação prevê ainda que a aplicação da dose de reforço, como de costume, “está condicionada à disponibilidade de doses no município” e “ao envio de doses por parte do Ministério da Saúde”.
E em BH?
Procurada pelo BHAZ, a PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) informou que “segue as orientações do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, do Ministério da Saúde”. “A Secretaria Municipal de Saúde irá definir as estratégias para adotar os novos critérios na convocação dos públicos”, concluiu a administração municipal, em nota.
Primeiros casos
Ainda nessa sexta, Belo Horizonte confirmou os três primeiros casos da variante ômicron em Minas. Os pacientes, duas mulheres e um homem, vieram de Moçambique e da África do Sul e registraram sintomas leves. Eles estão em isolamento domiciliar.
As amostras estavam sendo analisadas desde segunda-feira (13). Esses são os primeiros casos da nova variante confirmados em Minas. Em nota enviada ao BHAZ, a SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais) disse que outros dois casos suspeitos ainda estão sendo monitorados no estado. As amostras seguem em análise na Fundação Ezequiel Dias e o resultado deve ser divulgado dentro dos próximos sete dias úteis.