Hospital de BH inicia estudo de tratamento que pode evitar intubação

oxigenoterapia hiperbárica
Equipamento foi doado pela empresa Oxy Câmaras (Reprodução/TV UFMG/YouTube)

Um estudo iniciado no Hospital Risoleta Tolentino Neves busca avaliar os benefícios da oxigenoterapia hiperbárica no tratamento de pacientes com Covid-19. O objetivo é evitar ou adiar a necessidade de intubação em pessoas com redução da oxigenação nos tecidos do corpo e falta de ar.

O uso da câmara hiperbárica poderá acontecer apenas em pacientes que atendam pré-requisitos como, por exemplo, estar internado na enfermaria do novo coronavírus sem indicação de intubação, os que fizeram teste PCR com resultado positivo ou que apresentem tomograma de tórax e análise clínica sugestivas para a doença que estejam com saturação de oxigênio abaixo de 93%.

O professor da Faculdade de Medicina da UFMG Túlio Navarro explicou como funciona o processo. “O paciente é colocado dentro de uma câmara na qual colocamos pressão do oxigênio dentro muito acima da pressão atmosférica. A finalidade é fazer o oxigênio difundir pelo sangue e atingir todas as partes do organismo, principalmente as doentes”.

Navarro explicou que os pacientes submetidos a oxigenoterapia hiperbárica vão continuar recebendo o tratamento padrão. Serão realizadas de três a cinco sessões com uma hora e meia de duração cada. “Vamos verificar o desfecho que é exatamente: necessidade de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), intubação e mortalidade”.

A expectativa é que esse tratamento, que só será adotado mediante consentimento do próprio paciente ou de familiares, evite desfechos graves como os citados pelo médico. Navarro ressalta que a oxigenoterapia hiperbárica é um “tratamento caro e acima das possibilidades dos SUS, neste momento, para difundir à toda população”.

Apesar disso, pode ser incluído no sistema caso seja observado a redução na taxa de idas de pacientes ao CTI e intubação.

De onde veio?

O equipamento, que é responsável por melhorar a oxigenação e reduzir infecções no organismo, foi doado pela empresa Oxy Câmaras, comodato concedido também ao Hospital São Paulo da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), e será utilizado por cinco meses. Após esse período, ele será mantido pelo Centro de Regeneração Tecidual do hospital. 

Com UFMG

Edição: Giovanna Fávero
Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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