Kalil envia projeto que oficializa consórcio para compra de vacinas

seringa com vacina contra covid-19
Objetivo do projeto é viabilizar mais vacinas com mais agilidade (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), protocolou um projeto de lei para firmar um consórcio entre municípios de Minas com o objetivo de comprar vacinas contra a Covid-19. O documento foi enviado para a CMBH (Câmara Municipal de Belo Horizonte) e será avaliado e discutido pela Mesa Diretora até o fim desta semana.

Segundo o projeto apresentado pelo prefeito, a justificativa “se dá ao cenário desalentador, que exige atitudes tempestivas”. O intuito é que, com a compra dos imunizantes, haja uma vacinação em massa para frear o risco de colapso na saúde. Além disso, o texto revela a preocupação com a retomada da atividade econômica e geração de empregos.

O projeto é apoiada pela FNP (Frente Nacional de Prefeitos). A frente também sinaliza positivamente para que o consórcio seja uma ação de nível nacional. Segundo o texto do projeto, o consórcio vai facilitar a compra de vacinas sejam pelos preços, condições contratuais ou prazos de envio. Apesar de ser uma ação conjunta entre municípios, o intuito é que cada prefeito tenha autonomia para adquirir os imunizantes.

Os recursos

O projeto de lei também diz que os recursos para a compra das vacinas podem vir de arrecadações do próprio município, do governo federal ou de doações. O texto segue para a Mesa Diretora da Câmara e deverá ser avaliado pela presidente da Fasa, a vereadora Nely Aquino (Podemos). Em seguida, o projeto será votado pelos 41 vereadores.

Mudança de planos

Durante entrevista coletiva, na última sexta-feira (5), Kalil afirmou que “se não for pelo governo federal, não tem vacina”. “Não existe vacina se não passar pelo governo federal. Não se iludam, se não for pelo governo federal, não tem vacina. Vamos parar com esse consórcio de prefeitos. Vacina é governo federal e Ministério da Saúde, só vai sair de lá e de mais lugar nenhum”, disse.

Anteriormente, o chefe do Executivo chegou a falar que o município estaria tentando comprar as vacinas, mas sem sucesso. Kalil afirmou que já buscou o imunizante em vários laboratórios, mas, mesmo com recursos financeiros à disposição para a compra, não há doses à venda.

Apesar de ter dito que não teria vacina, nem por meio de consórcio, Kalil afirmou em seguida que o município tentaria de todas as formas viáveis. O prefeito completou que assinou a participação no consórcio, mas se mostrou parcialmente descrente. “Assinei, estou dentro, mas não acredito em bruxas. Eu não acredito, mas em todo caso não vou ficar fora”.

Edição: Thiago Ricci
Jordânia Andrade[email protected]

Repórter do BHAZ desde outubro de 2020. Jornalista formada no UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) com passagens pelos veículos Sou BH, Alvorada FM e rádio Itatiaia. Atua em projetos com foco em política, diversidade e jornalismo comunitário.

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