A variante ômicron já é responsável pela maioria dos casos de Covid-19 no Brasil. De acordo com os dados da plataforma Our World in Data, 58,33% das infecções no país são dessa cepa do vírus. A variante é mais transmissível do que as identificadas anteriormente e contribuiu para o aumento de casos nos últimos dias.
O levantamento do site, ligado à Universidade de Oxford, se baseia nas sequências genéticas coletadas e analisadas nas duas semanas anteriores. Em 13 de dezembro, a ômicron representava apenas 2,85% dos casos levantados no período anterior. O ritmo vertiginoso do aumento de infecções ratifica a alta capacidade de contágio do vírus.
‘Ômicron não é resfriado’
A OMS (Organização Mundial da Saúde) fez um alerta sobre a circulação da nova variante e afirmou que a ômicron não é um resfriado comum, nessa terça-feira (4). Segundo o órgão, apesar dos estudos indicarem que a mutação causa quadros mais leves da doença, ela apresenta alta transmissibilidade e é “mais contagiante que o sarampo”.
Abdi Mahamud, gerente de incidentes da OMS, pronunciou-se sobre a propagação da nova variante em coletiva de imprensa, em Genebra, na Suíça. “Onde quer que a ômicron chegue, é questão de semanas para ela se tornar dominante”, disparou. Na sequência, o líder disse que, mesmo com olhar histórico na literatura, “nunca vimos um vírus tão transmissível em um surto”.
Em complemento à fala de Mahamud, Maria Van Kerkhove, principal epidemiologista da OMS, reforçou que a ômicron não é um resfriado comum e não deve ser subjugada. A líder escreveu que, embora alguns relatórios indiquem um risco menos de internação pela variante em comparação com a delta, muitos contaminados ainda morrem ou ao menos desenvolvem quadros graves da doença.
