Novo coronavírus já atinge quase metade das cidades mineiras; infectados ultrapassam 8 mil

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Minas tem mais de 8.000 infectados pelo Covid-19 (Amanda Dias/BHAZ)

O mais novo boletim da SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais), divulgado na manhã desta quarta-feira (27), informa que o número de mortos em decorrência da Covid-19 no Estado chegou a 240, um crescimento de seis óbitos em relação a essa terça. De acordo com o documento, o novo coronavírus já está presente em 47% do Estado – o que representa 408 dos 853 municípios mineiros.

Os mais novos números oficiais divulgados pelo Governo de Minas são:

  • 240 óbitos (aumento de 2,5 em relação ao último boletim)
  • 3.906 casos em acompanhamento (aumento de 7,6%)
  • 8.011 casos confirmados (aumento de 6,5%)
  • 3.865 casos recuperados (aumento de 5,7%)

Em coletiva de imprensa realizada na tarde dessa quarta-feira (27), o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, informou que a tendência é que o número de casos da Covid-19 cresça no Estado.

“Nós temos mais casos agora do que tínhamos no início da epidemia. A epidemia vai dobrando a cada tempo. Daqui a pouco, começaremos a ter, diariamente, o dobro de casos”, explicou o chefe da pasta.

Ele reforçou ainda que o isolamento social, o uso de máscaras e a higiene pessoal são fatores que podem interferir neste contexto. “O que limita é o isolamento social, que vai distanciar e alongar um pouco mais (o pico da doença)”, reforçou.

Quando será o pico?

Em Minas, o quadro mais complicado da pandemia está previsto para o dia 10 de junho. O secretário-adjunto da SES-MG, Luiz Marcelo Tavares, que também estava na coletiva, não quis informar qual a expectativa de infectados ou mortos para o dia em que a doença atingir o auge no Estado.

Em coletiva anterior, concedida na segunda-feira (25), Amaral havia relatado que o número de infectados pode chegar a 2.824 em um dia. Atualmente, 16% dos testes realizados em Minas têm resultado positivo para o novo coronavírus.

Baixo uso do aplicativo

O secretário aproveitou a coletiva para informar que os mineiros têm usado pouco o aplicativo Saúde Digital MG – Covid-19. Por meio dele, é possível realizar consultas médicas e passar por uma espécie de “triagem” antes de procurar o serviço de saúde.

A ferramenta está disponível para celulares com sistema operacional Android. A plataforma será disponibilizada, em breve, para IOS (I Phone).

Veja como instalar o aplicativo (SES-MG / Reprodução)

Quem ainda tiver dúvidas, pode assistir ao vídeo disponibilizado pela SES-MG:

Perfil dos doentes

A maior parte das pessoas que contraíram o novo coronavírus em Minas, é homem, 53%. A média de idade dos infectados é de 43 anos. Além disso, 77% dos enfermos têm entre 20 e 59 anos. É importante ressaltar que a maioria dos indivíduos que testaram positivo para a Covid-19 não tinham nenhuma doença anterior (veja detalhes abaixo).

Homens são mais afetados pelo novo coronavírus no Estado (SES-MG / Reprodução)

Perfil dos mortos

Já com relação aos óbitos, a maioria deles ocorreu entre homens, uma porcentagem de 55% do total de vítimas. Os falecidos, em decorrência da Covid-19, têm, em média, 69 anos. Não há mortes registradas entre crianças de 0 a nove anos no Estado.

Foram registradas mortes em decorrência da Covid-19 em 97 cidades de Minas (SES-MG / Reprodução)

Reforce a proteção contra o vírus

A SES-MG orienta que a população tome algumas medidas de higiene respiratória para evitar a propagação da doença, são elas:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes.
  • Ficar em casa quando estiver doente.
  • Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.
Aline Diniz[email protected]

Editora do BHAZ desde janeiro de 2020. Jornalista diplomada pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) há 10 anos e com experiência focada principalmente na editoria de Cidades, incluindo atuação nas coberturas das tragédias da Vale em Brumadinho e Mariana. Já teve passagens por assessorias de imprensa, rádio e portais.

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