Uma nova variante do coronavírus, detectada na África do Sul, gerou alarde em todo o mundo nesta sexta-feira (26). Batizada de B.1.1.529, ela tem uma proteína bastante diferente do vírus original e ainda não se sabe se as vacinas aprovadas até o momento são eficazes para evitar sua infecção.
“Como os cientistas descrevem, esta é a variante mais significativa que encontraram até hoje”, disse o secretário dos Transportes britânico, Grant Shapps, ao anunciar controles de fronteira mais rigorosos na Europa.
No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recomendou hoje a adoção de medidas restritivas de caráter temporário em relação aos voos e viajantes vindos da África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue, países que registraram casos da variante.
‘Número grande de mutações’
A OMS (Organização Mundial da Saúde) realiza hoje uma reunião em Genebra, onde especialistas debaterão o risco que a nova variante apresenta e se ela deveria ser considerada preocupante pelas autoridades. Segundo o porta-voz da organização, Christian Lindmeier, quase 100 sequências da variante já foram relatadas, e uma análise inicial mostra que ela tem “um número grande de mutações” que exigem mais estudo.
Já um epidemiologista afirmou que já pode ser tarde demais para endurecer as restrições de viagem. “Acho que temos que admitir que muito provavelmente esse vírus já está em outros lugares. Então, se fecharmos a porta agora, provavelmente será tarde demais”, disse Ben Cowling, da Universidade de Hong Kong.
Com Agência Brasil