Alberto Safra, filho do falecido banqueiro Joseph Safra, entrou com uma ação judicial contra a própria mãe e dois irmãos, por uma fatia do Safra National Bank de Nova York. De acordo com a Bloomberg, ele afirma que sua participação no banco foi diluída indevidamente.
O empresário alega que os familiares e diretores de uma holding bancária diluíram a fatia de 28% do banco que pertencia a ele, além de impedi-lo de nomear seu próprio diretor, segundo o processo aberto nessa segunda-feira (6) no Tribunal Estadual de Nova York.
Disputas legais
O processo é mais uma escalada da batalha legal que a família disputa após a morte de Joseph Safra, em dezembro de 2020. À época da morte, o banqueiro era considerado o homem mais rico do Brasil, com fortuna estimada em R$ 119,08 bilhões.
Em 2021, Alberto Safra acionou o Tribunal Federal de Nova York para obter evidências do que, segundo ele, era uma tentativa de desafiar o testamento do pai.
Segundo o filho, o banqueiro, que sofria com a doença de Parkinson, não tinha capacidade mental suficiente para oficializar os três novos testamentos feitos em novembro e dezembro de 2019.
Agora, ele afirma que Vicky, Jacob e David Safra agiram de forma indevida ao diluir a fatia dele do banco a 13,%, o que corresponde a menos da metade do que Alberto Safra diz que lhe é devido. A irmã dele, Esther Safra Dayan, não faz parte da ação.
Deserdado
Procurada pela Bloomberg, a família Safra disse lamentar o caminho tomado por Alberto, que “primeiro atentou contra o pai em vida e agora o faz contra sua memória”, além de refutar as acusações.
A mãe e os irmãos de Alberto afirmam que ele deixou a posição no Banco Safra antes da morte de Joseph, levando vários executivos para abrir um competidor, “desafiando os apelos” do pai.
Ainda segundo os familiares, o banqueiro eventualmente “deserdou” o filho e mudou os testamentos para reduzir a fatia dele na herança.