Após ser deportado da Austrália por não se vacinar, Djokovic pode ficar de fora de mais um torneio

djokovic
Djokovic foi deportado da Austrália e pode ficar de fora de torneio na França em maio (Reprodução/Instagram/@djokernole)

O tenista sérvio Novak Djokovic não jogará o torneio Roland Garros, na França, se não apresentar o comprovante de vacinação contra a Covid-19. O parlamento do país aprovou ontem (16) uma lei que exige o documento para a presença em locais públicos, como estádios e ginásios esportivos. Segundo divulgado hoje (17) pelo Ministério do Esporte francês, não haverá exceções à lei. Também no último domingo, Djokovic foi deportado da Austrália após o recurso de sua defesa ter sido negado, e a Justiça manteve a revogação do visto. 

‘A regra é simples’

De acordo com o Ministério do Esporte, o “passaporte vacinal” será colocado em prática em breve. “A regra é simples. O passe de vacina será imposto, assim que a lei for promulgada, nos estabelecimentos que já estavam sujeitos ao passe de saúde. Isso se aplica a todos que são espectadores ou esportistas profissionais”, diz o comunicado. 

Até o momento, a lei se aplica ao Roland Garros, torneio de tênis que será disputado em maio deste ano. “Isso vale até novo aviso. Agora, ainda que haja uma preocupação, Roland Garros é em maio. A situação pode mudar até lá e nós esperamos que seja mais favorável. Então, vamos ver. Mas claramente não haverá exceção”, assegurou a pasta.

‘Segue o jogo’, Djokovic

Nas redes sociais, os usuários comentaram sobre a deportação de Djokovic e a possibilidade do sérvio não participar de mais um torneio internacional. “Ele tem o direito de não se vacinar e o país tem o direito de não aceitar não vacinados. Perfeito, segue o jogo”, escreveu um. “E agora, vai abandonar a carreira ou se vacinar?”, perguntou outro. Leia alguns comentários:

Visto de Djokovic revogado

Na última sexta-feira (14), a Austrália – onde já está sendo disputado o Australian Open, na cidade de Melbourne – revogou o visto de Djokovic pela segunda vez porque o sérvio não se vacinou contra a Covid-19. A decisão partiu do ministro da Imigração, Alex Hawke.

“O governo de Morrison [primeiro-ministro] está firmemente comprometido em proteger as fronteiras da Austrália, particularmente em relação à pandemia de Covid-19”, afirmou. Os advogados do tenista recorreram ao Tribunal do Circuito Federal, mas em vão.

O julgamento

No tribunal, Stephen Lloyd, advogado do governo australiano, defendeu que a presença do sérvio no país poderia influenciar outras pessoas, já que ele é um atleta famoso, com vasta influência. Além disso, “com ou sem razão”, Djokovic vem representando uma visão antivacina que pode ser nociva ao país.

Em contrapartida, mesmo que o jogador tenha sido veementemente contra a obrigatoriedade da vacina, a defesa de Djkovic alegou que ele não fez campanha contra a imunização populacional.

Falta de isolamento

No último dia 12, o sérvio esclareceu que não cumpriu o isolamento após testar positivo para a Covid, encontrou pessoas e foi a eventos. Além disso, ele alegou que existiu um erro no preenchimento do formulário destinado à imigração. A revista alemã Der Spiegel também levantou suspeitas sobre os exames do tenista, que poderiam estar fraudados.

Edição: Vitor Fernandes
Beatriz Kalil Othero[email protected]

Jornalista formada pela UFMG, escreve para o BHAZ desde 2020, e atualmente, é redatora e fotógrafa do Portal. Participou de reportagens premiadas pela CDL/BH em 2021 e 2022, e pela Rede de Rádios Universitárias do Brasil em 2020.

SIGA O BHAZ NO INSTAGRAM!

O BHAZ está com uma conta nova no Instagram.

Vem seguir a gente e saber tudo o que rola em BH!