‘Djocovid’: Após ter visto cancelado pela 2ª vez na Austrália, tenista sérvio vira alvo de memes

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Djokovic pode ser deportado da Austrália (Reprodução/Instagram/@djokernole)

Mais um capítulo da “novela” envolvendo o tenista Novak Djokovic na Austrália aconteceu hoje (14). O país revogou o visto do tenista pela segunda vez porque o sérvio não se vacinou contra a Covid-19. O jogador pode perder o Aberto da Austrália e até mesmo ser deportado. A decisão partiu do ministro da Imigração, Alex Hawke.

“O governo de Morrison [primeiro-ministro] está firmemente comprometido em proteger as fronteiras da Austrália, particularmente em relação à pandemia de Covid-19”, afirmou. Os advogados do tenista irão recorrer no Tribunal do Circuito Federal.

‘Saúde e ordem’

Segundo Scott Morrison, a decisão foi tomada para manter a saúde a ordem no país. “Tomo nota da decisão do Ministro da Imigração em relação ao visto de Novak Djokovic. Entendo que, após uma análise cuidadosa, o Ministro tomou medidas para cancelar o visto de Djokovic por motivos de saúde e ordem, com base no interesse público”, diz a nota do primeiro-ministro.

A Lei de Migração da Austrália concede a Alex Hawke a possibilidade de deportar qualquer pessoa que ele considere um risco potencial para “a saúde, segurança ou boa ordem da comunidade australiana”. Ainda conforme o primeiro-ministro, é importante considerar a população: “Os australianos fizeram muitos sacrifícios durante esta pandemia e esperam, com razão, que o resultado desses sacrifícios seja protegido. É isso que o ministro está fazendo”.

Possível deportação de Djokovic

Se o tenista for deportado, ele poderá ser proibido de obter um visto australiano nos próximos 3 anos, apesar da medida não ser definitiva. No momento, a partida de Djokovic contra o também sérvio Miomir Kecmanovic continua marcada para o início da semana que vem. Mas em caso de deportação, a vaga de Djokovic será transferida para o russo Andrey Rublev.

Repercussão

Nas redes sociais, os usuários acompanham o caso que tomou proporção mundial. Hashtags como #DjokovicOut e #DjokovicGoHome, mandando ele “ir embora para casa”, foram compartilhadas milhares de vezes. Além disso, o termo “Djocovid” chegou a ficar entre os assuntos mais comentados do Twitter, com várias pessoas ironizando o tenista. “Acha que é maior que um país”, criticou um usuário.

“Se eu tivesse promovido um torneio particular em 2020 no auge da pandemia, onde eu estaria?”, questinou outro. O sérvio já deu diversas declarações polêmicas durante a pandemia e no torneio lembrado pelo usuário, ele contraiu Covid-19. Leia alguns comentários:

Relembre o caso

Há 10 dias, Djokovic postou uma foto em suas redes sociais com as malas prontas para o país australiano, afirmando que obteve uma autorização de exceção para disputar o torneio. “Passei um tempo de qualidade fantástico com pessoas amadas nas férias, e hoje, estou viajando para a Austrália com uma permissão de exceção. Vamos, 2022!”, afirmou.

Após a postagem do atleta, Scott Morrison, o primeiro-ministro australiano, reiterou a necessidade da vacina e ressaltou que a exceção deve acontecer em casos mais específicos. “Se ele não está vacinado, deve apresentar provas aceitáveis de que não pode ser vacinado por razões médicas. Se essa evidência for insuficiente, ele não será tratado de forma diferente a ninguém e estará no próximo avião para casa. Não deve haver regras especiais para Novak Djokovic”, afirmou o político.

A decisão do governo da Austrália de cancelar o visto do tenista Novak Djokovic havia sido anulada na última segunda-feira (10). Anthony Kelly, o juiz responsável pelo caso, ordenou a libertação imediata do atleta da detenção na imigração. No dia, o governo australiano anunciou que recorreria do veredito. Djokovic alegou que uma infecção recente por Covid-19 o qualificaria para uma autorização de exceção, o desobrigando a apresentar o certificado de vacinação contra a doença.

Edição: Giovanna Fávero
Beatriz Kalil Othero[email protected]

Jornalista formada pela UFMG, escreve para o BHAZ desde 2020, e atualmente, é redatora e fotógrafa do Portal. Participou de reportagens premiadas pela CDL/BH em 2021 e 2022, e pela Rede de Rádios Universitárias do Brasil em 2020.

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