Duas toneladas de maconha que seriam vendidas no Carnaval são apreendidas em BH

Os entorpecentes seriam comercializados no Carnaval de BH (Divulgação/PCMG)

Cerca de duas toneladas de maconha que seriam vendidas no Carnaval de BH foram apreendidas pela Polícia Civil de Minas Gerais. A ação ocorreu no momento em que a carga chegava ao bairro Goiânia, região Nordeste da capital mineira, ontem (15).

Quatro pessoas foram presas em flagrante durante a operação, coordenada pelo Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico (Denarc). A carreta que fazia o transporte da carga também foi recolhida.

Segundo a Polícia Civil, as drogas saíram de Dourados, no Mato Grosso do Sul, e seriam comercializadas durante as festividades de Carnaval, tendo em vista a grande circulação de pessoas na cidade.  

“A gente tem visto, através de informações da Belotur (Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte), que se espera um público de aproximadamente cinco milhões de pessoas na capital mineira, e o alvo desse material ilícito era exatamente o Carnaval”, afirmou o chefe do Denarc, Antônio Prado.

Os policiais identificaram o padrão de ação do grupo criminoso por meio de monitoramento. De acordo com o chefe da Divisão Especializada de Combate ao Narcotráfico, delegado Thiago Machado, o coletivo “utiliza um motorista, que até então possui uma ocupação lícita, um motorista substituto, e um veículo, ao que tudo indica, também lícito”.

Na mesma carreta em que a maconha era transportada, os policiais identificaram uma carga legalizada de frios, que seria utilizada com a intenção de ludibriar a fiscalização policial.

Para o investigador Luiz Rossi, o grupo aproveitou-se de normas da vigilância sanitária, voltadas à preservação dos alimentos de possíveis contaminações, para transportar os entorpecentes.

“Eles utilizavam do transporte dentro da câmara fria, que é lacrada na fábrica e só é reaberta no destino, que seria Belo Horizonte. Diante disso, as autoridades rodoviárias têm dificuldade em realizar o deslacre porque, dessa forma, acarretaria na contaminação dos alimentos. Isso dificulta muito a fiscalização”, explica.

Isabella Guasti[email protected]

Jornalista graduada pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022 e também de reportagem premiada pelo Sebrae Minas em 2023.

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