Três suspensos, mas não existe mais a necessidade de se comprar árbitros

Três suspensos, mas não existe mais a necessidade de se comprar árbitros

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Grande Sertão: Veredas (Foto: Reprodução/Divulgação)

Um mineiro, um paulista e um carioca. A CBF afastou os três árbitros lambões (pra não dizer coisa pior) que cometeram absurdos nos jogos da primeira rodada do Brasileirão 2024: André Luiz Skettino (Atlético-GO 1 x 2 Flamengo), Flávio Rodrigues de Souza (Vasco 3 x 2 Grêmio), e Yuri Elino da Cruz (Corinthians 0 x 0 Atlético).
Vivo estivesse, meu conterrâneo João Guimarães Rosa diria sobre este assunto: “Eu quase que nada não sei. Mas desconfio de muita coisa”.

Mas, como ele se foi em 1967, aos 59 anos, fico com a hipótese levantada pelo Carlos Junqueira, que vez por outra nos honra com os seus comentários aqui no blog:
“… Chico e leitores do blog.
Há anos escrevi aqui o que vou escrever novamente. Não existe mais a necessidade de se comprar árbitros. Na minha modesta opinião o raciocínio é muito simples. Todos os juízes de série A (apesar de terem outra profissão) ganham provavelmente pelo menos 20 mil reais líquidos no somatório das partidas apitadas no mês.
Portanto, os mesmos sabem que se, na dúvida, prejudicarem os times do ”eixo” serão colocados na geladeira. A única coisa que estão fazendo é defender o ”leite” das suas crianças.
Os três juízes da rodada passada foram afastados desta vez, pois os erros foram absurdos (e em lances capitais) e a imprensa resolveu chiar, coisa pouco comum de acontecer. Vide o exemplo do juiz do jogo do Galo. O primeiro cartão aos 15 segundos de jogo para mim foi o mais emblemático. Até agora estou procurando a falta desclassificante do Bataglia que justificasse o mesmo. Apesar de o juiz poder dar cartão com um segundo, todos nós sabemos que nos primeiros minutos os juízes (pelo menos todos que eu tinha visto) são extremamente condescendentes com faltas passíveis de cartão. Além da lambança no lance do Fagner. Deu amarelo sem ter dado a falta (a bola sobrou para o jogador do Corinthians) e pelo que li, depois justificou que foi por causa do lance com o Arana (portanto tinha que ter dado o pênalti).
Na verdade os árbitros já vem com o pensamento repetitivo: não posso prejudicar em hipótese alguma os times queridos da CBF e da mídia.
Para ser campeão, não sendo time do Rio e São Paulo, tem que ser extraordinário ou despretensiosamente aparecer na reta final.”


E para quem já está me contestando sobre a cidade onde nasceu o fantástico Guimarães Rosa, direi que também está correta a contestação: foi em Cordisburgo, porém, em 1908, época em que o “Distrito da Vista Alegre” pertencia a Sete Lagoas.
Em 1911 passou a pertencer a Paraopeba e finalmente, em 1938, foi emancipada e continua sendo uma das mais belas e acolhedoras cidades de Minas.
Além de Guimarães Rosa, tem a Gruta do Maquiné e um povo extraordinário. Vale demais uma visita demorada a Cordisburgo.

(Foto: Reprodução/Divulgação)

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