O atleticano Roberto Soares nos enviou este apelo dramático, dirigido à diretoria do Atlético:
“Não estou acreditando que o Atlético vai manter a partida contra o Botafogo na Arena MRV. As imagens do estrago monumental dos shows estão rodando desde ontem pra todo lado e mostrando que é impossível dar um jeito naquele gramado até sábado. Alguém no Galo tem de ter a lucidez e a coragem de remarcar a partida para o Mineirão. O lucro financeiro vai ser menor, mas o time dentro de campo, a torcida que vai lotar o estádio e principalmente a instituição terão lucros muito, muito maiores com um bom futebol, com a presença de 50 mil torcedores e a preservação da imagem do clube. Pra não falar da preservação da imagem da própria Arena que vai definitivamente virar chacota se o jogo for mantido lá.” – Roberto Soares
A preocupação procede. Afinal, no primeiro jogo oficial lá, nos 2 a 0 sobre o Santos, a condição do gramado foi a maior fonte de reclamações e críticas.
Depois disso, tivemos shows de Ivete Sangalo, Jorge e Mateus e Clayton e Romário, Jota Quest e Maroon 5, na sexta-feira e sábado passados. O papo de gramado ‘protegido” por uma manta isso e aquilo, é bonito, mas, na prática, não funciona.
No domingo mesmo, a direção da Arena iniciou os trabalhos de manutenção para tentar deixar o palco do espetáculo minimamente em boas condições para o principal jogo da 23ª rodada do Brasileiro, já que envolve o líder isolado da competição e o Galo que busca a terceira vitória seguida e tem a pretensão de tornar o seu estádio um “caldeirão”, em que nenhum adversário saia sem deixar três pontos.
O que ninguém entende é por que quem planejou e construiu a Arena do Galo, a “mais moderna e tecnológica do Brasil”, não pensou em gramado sustentável, como o do Corinthians, por exemplo, que adotou a fórmula híbrida ou porque não buscou uma consultoria inglesa, já que os gramados deles são ótimos, mesmo com o clima infinitamente mais difícil que o nosso.