Flopou? Primeira transmissão de jogo do Cruzeiro por O Tempo é alvo de reclamações

Aplicativo O Tempo
Antes da bola rolar, vários cruzeirenses relataram problemas para acessar o aplicativo (Reprodução/@BeLima_cec/Twitter)

A temporada do Cruzeiro mal começou e os torcedores celestes já estão passando “aperto” para acompanhar o time. A Raposa faz sua estreia hoje (26) no Campeonato Mineiro de 2022 em partida contra a equipe da URT, de Patos de Minas, que seria transmitida com exclusividade pela plataforma por assinatura O Tempo Sports. Antes mesmo da bola rolar, no entanto, vários cruzeirenses relataram problemas para acessar o aplicativo.

“O site custa entrar e quando entra aparece isso”, comentou um torcedor em uma publicação do jornal, ao compartilhar um print do aviso “você foi deslogado”, exibido na tela do aplicativo. “É isso a cada um minuto transmissão. Aí preciso fechar o aplicativo e reabrir. Não tem outro dispositivo conectado. Lamentável”, escreveu outro internauta que também se queixa de problemas para acessar o serviço.

O pacote de jogos do Cruzeiro no Campeonato Mineiro pela plataforma O Tempo Sports foi adquirido pelos torcedores por um valor de R$ 59,90. Já as partidas avulsas da Raposa podem ser assistidas por um preço de R$ 19,90. Antes mesmo do jogo começar, já se multiplicaram as reclamações e relatos de dificuldades para acessar o serviço. Após alguns minutos, a partida passou a ser transmitida pelo Youtube, gratuitamente.

Período de ‘degustação’

Logo que o serviço começou a apresentar falhas, o primeiro tempo da partida foi liberado no canal do YouTube de O Tempo. Por meio do Twitter, o jornal informou que liberou a transmissão da partida “para que os usuários possam conhecer melhor o novo serviço de streaming”.

Durante a transmissão, em um primeiro momento, foi informado que o acesso liberado de forma gratuita valeria apenas para o primeiro tempo do jogo entre Cruzeiro e URT e que, no segundo tempo, a transmissão deveria voltar ao aplicativo de assinatura.

Pouco depois, no entanto, a plataforma decidiu liberar o jogo na íntegra. “Nosso streaming não suportou a força da torcida celeste. A plataforma já está estável, porém, não vamos correr riscos e deixar vocês sem assistir ao jogo. Decidimos liberar o segundo tempo também”, dizia o comunicado divulgado na transmissão.

“Aos assinantes que nos privilegiaram, não se preocupem, vocês serão recompensados!”, garantiu O Tempo em uma nota divulgada no SuperFC.

De acordo com queixas dos torcedores que fizeram a assinatura, as falhas começaram antes da partida e continuam ao longo do primeiro tempo.

Horários polêmicos

Não é a primeira vez mudanças nas partidas do Cruzeiro nesta edição do Campeonato Mineiro geram reações exaltadas dos torcedores. Além das críticas à nova plataforma de transmissão, os horários dos jogos do time também foram muito questionados pelos cruzeirenses.

Algumas partidas do clube, como a desta quarta-feira, estão marcadas para horários como 17h, 17h30 e 18h em dias de semana, o que dificulta a ida do cruzeirense ao estádio. O horário de 20h30 no domingo também causou incômodo.

Por causa dos horários polêmicos, no último sábado (22), a sede da FMF (Federação Mineira de Futebol) foi palco de um protesto de torcedores cruzeirenses, que deixaram galinhas e milho na rua, em alusão ao mascote do Atlético.

Além das galinhas e do milho, uma faixa também foi estendida na frente da sede da federação, em Belo Horizonte. “FMF de franga. Globolixo”, diz o cartaz, que também faz referência à TV Globo.

Edição: Giovanna Fávero
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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