Tandara é suspensa por 4 anos e alega inocência em caso de doping: ‘Condenada por algo que não fiz’

tandara caixeta vôlei
A jogadora pode ficar de fora das próximas Olimpíadas (Reprodução/Instagram/@tandaracaixeta)

A jogadora de vôlei Tandara Caixeta foi condenada por doping em decorrência do uso de ostarina e está suspensa por quatro anos, a pena máxima da infração. A decisão foi divulgada ontem (23) e ocorreu por unanimidade dos três auditores do julgamento no Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem.

A atleta de 33 anos pode recorrer e apelar à Corte Arbitral do Esporte (CAS), na Suíça. Em caso de cumprimento de pena, ela não poderá participar das Olimpíadas de Paris em 2024.

Por meio de suas redes sociais, Tandara se manifestou e alegou inocência no processo. “Eu tenho orgulho dos meus mais de 18 anos de carreira sem nenhuma mancha. Minha vida é o vôlei e quem me conhece sabe que não faria nada que pudesse destruir tudo isso que construímos em todo esse tempo”, escreveu.

Jogadora alega inocência

Alegando contaminação cruzada, Tandara chegou a processar duas farmácias, mas as informações foram consideradas contraditórias. “Apesar de termos provas mais do que suficientes que mostram que fui contaminada, tive uma condenação injusta, desproporcional e precedida de um estranho vazamento de um processo que deveria ser sigiloso”, postou a ex-oposta da seleção brasileira.

Ainda de acordo com a manifestação da jogadora, ela irá recorrer da decisão: “Em todo o caso, vamos recorrer ao Plenário para que a justiça seja, de fato, reestabelecida. Respeito, mas não concordo com essa decisão de hoje. Lutarei, como sempre fiz, para provar minha inocência”.

Tandara também agradeceu o apoio que vem recebendo de fãs e amigos. “O sentimento de injustiça é angustiante, mas com a ajuda de todos vocês vou superar esse momento”, concluiu.

Relembre

Em agosto do ano passado, a notícia de que Tandara havia testado positivo no exame antidoping foi divulgada 10 horas antes da partida de semifinal das Olimpíadas, disputada contra a equipe da Coreia do Sul. Em nota, o COB disse que a suspensão se deve a uma “potencial violação de regra antidopagem” em exame realizado no dia 7 de julho, ou seja, antes da competição.

Após a divulgação, a atleta foi suspensa preventivamente e retornou ao Brasil. Em nota publicada na época, a defesa da jogadora argumentou que o contato com a substância ostarina – pertencente a uma classe de anabolizantes – não foi proposital. Além disso, a defesa também ressaltou que a contraprova do exame ainda não foi analisada e lembra que a atleta não vivenciou nenhum caso parecido em sua carreira. Leia mais aqui.

Ostarina

Substância classificada como anabolizante, a ostarina modula o metabolismo e pode ajudar no ganho de massa muscular. Segundo nota de agosto do ano pssado da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), ela é “proibida em competição e fora de competição. Pertence à classe S1.2 – Agentes Anabolizantes – Outros Agentes Anabolizantes – SARMS da Lista de substâncias e métodos proibidos da AMA-WADA (sigla da Agência Mundial Antidoping)”.

Repercussão

Nas redes sociais, a condenação dividiu opiniões dos fãs de vôlei. “Tô pensando aqui no Osasco [time] que contratou a Tandara na temporada passada, confiando na sua inocência. A temporada acabou. Ela não jogou e ainda foi condenada”, refletiu uma usuária. “Acabou com a trajetória dela na história do vôlei por um negócio tão podre”, opinou outra. Leia alguns comentários:

Edição: Roberth Costa
Beatriz Kalil Othero[email protected]

Jornalista formada pela UFMG, escreve para o BHAZ desde 2020, e atualmente, é redatora e fotógrafa do Portal. Participou de reportagens premiadas pela CDL/BH em 2021 e 2022, e pela Rede de Rádios Universitárias do Brasil em 2020.

SIGA O BHAZ NO INSTAGRAM!

O BHAZ está com uma conta nova no Instagram.

Vem seguir a gente e saber tudo o que rola em BH!