A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) conclui, nessa quinta-feira (22), um inquérito que apurou denúncias de estupro de vulnerável registradas em 2023. O crime foi cometido pelo maestro da Banda Mirim de Diamantina, Patrick Ricardo de Aguilar, contra adolescentes que integravam o coletivo musical.
As investigações começaram após um atendimento da Guarda Civil em Diamantina, exatos três meses antes da conclusão do inquérito da PCMG, em 22 de novembro do ano passado. De acordo com a delegada Kíria Orlandi, a entidade conduziu o então suspeito à Central Estadual do Plantão Digital e colheu os depoimentos necessários. Após, a prisão do homem foi decretada.
No dia seguinte, entretanto, o maestro foi solto. Ele teve o alvará de soltura expedido pela Justiça, que considerou os supostos fatos praticados pelo homem como graves, mas não avaliou que a “prisão preventiva do flagrado seja estritamente necessária”.
Consequências
Apesar da soltura à época, a acusação contra o maestro acarretou em reflexos. Em 23 de novembro, a Prefeitura de Diamantina divulgou uma nota informando a exoneração do servidor. “Permanecemos no aguardo dos encaminhamentos e apurações a serem realizados pelas instituições e instâncias competentes, bem como seguimos à disposição das autoridades”, registrou o documento.
Patrick Ricardo de Aguilar ocupava cargo público na Secretaria Municipal de Cultura e Patrimônio Histórico de Diamantina. Segundo Orlandi, o homem já havia sido indiciado por crimes sexuais no passado, em 2019.
Com a conclusão do inquérito nessa quinta-feira, Patrick Ricardo de Aguilar foi indiciado por quatro crimes: dois estupros de vulnerável e duas violações sexuais mediante fraude. Os delitos têm pena aumentada pelo fato de o homem ter relação de hierarquia com as vítimas.
