O adolescente Yan Cheng, de 16 anos, foi encontrado morto uma semana após o pai e irmão serem colocados em quarentena, com suspeita de coronavírus, na China. Com a morte de Cheng, o secretário local do Partido Comunista e o prefeito da cidade de Huajiahe foram demitidos. A polícia investiga o caso. As informações são da BBC News UK.
Yan Cheng tinha paralisia cerebral e necessitava de cuidados especiais. De acordo com a imprensa local, após o isolamento da família, o adolescente teria sido alimentado apenas duas vezes. O corpo foi encontrado na última quarta-feira (29).
Pai pediu ajuda nas redes sociais
A família vivia na província central de Hubei, o epicentro do surto de coronavírus. De acordo com a mídia local, o pai do adolescente postou na plataforma de mídia social chinesa Weibo pedindo ajuda e explicando que seu filho foi deixado sozinho sem comida ou água.
Paralisia cerebral é o termo usado de um grupo de condições que aparecem na primeira infância e afetam o movimento e a coordenação. Os sintomas variam e podem incluir tremores, músculos rígidos ou fracos, problemas de deglutição e problemas de visão, fala e audição. Os afetados podem ser severamente desativados.
Pânico mundial
Na China, 361 pessoas morreram de coronavírus e mais de 17 mil casos do vírus foram confirmados. Também houve mais de 150 casos confirmados do vírus fora da China, incluindo uma morte nas Filipinas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que o número de casos provavelmente aumentará ainda mais e as autoridades chinesas introduziram uma série de medidas para tentar impedir a propagação do vírus.
Brasil tem 14 suspeitas
Um boletim do Ministério da Saúde mostra que 14 pacientes são monitorados no Brasil por suspeita de terem sido infectados por coronavírus.
Segundo o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o país vai decretar estado de emergência pública quanto ao coronavírus, mesmo sem a confirmação de casos. Isso porque, segundo o ministro, a medida é indispensável para a repatriação dos 40 brasileiros que estão na cidade de Wuhan, na província de Hubei, região central da China.
Até o momento, o ministro descartou barrar a entrada de chineses ou de viajantes vindos da China no Brasil, como foi feito pelos Estados Unidos. “Essa é uma medida inócua, sem nenhuma eficácia comprovada”, argumentou.
Com Agência Brasil