Ativista negra desafia sozinha marcha neonazista e se torna símbolo de luta contra racismo

No último domingo, dia 1o de maio, militantes de um partido de extrema direita, o Movimento de Resistência Nórdico, marchavam pelas ruas do vilarejo de Borlänge, na Suécia. Eles pediam a expulsão de imigrantes e insultavam políticos por “trair” o povo.

Foi nesse momento que passou pela marcha Maria-Teresa Tess Asplund, que nasceu na Colômbia e, aos 7 meses, foi adotada por uma família sueca. Negra e ativista contra o racismo, Maria reagiu imediatamente, da maneira como pôde. Careca, ergueu seus pulsos e andou no meio da marcha, em sentido contrário, com os punhos erguidos.

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David Lagerlöf, um dos fotógrafos que registrou o protesto da ativista, conta que a situação foi “muito emotiva”. “Ela fez aquilo sozinha, em uma situação de vulnerabilidade. Não podia fazer nada contra eles, que têm um histórico de violência e crime”, afirma.

O gesto de Aslund repercutiu bastante dentro e fora por país, com milhares de elogios e comentários favoráveis publicados nas redes sociais, uma reação que surpreendeu à própria ativista, que diz estar “emocionada”.

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Também afirma ter orgulho da foto, porque acredita que ela servirá para que mais pessoas prestem atenção à luta contra o racismo e a xenofobia. Mas pensa que, a partir de agora, precisará ter mais cuidado.

Grupos de extrema-direita têm crescido e se multiplicado na Suécia e em outros países europeus como reflexo da crise de imigração. Mesmo em Borlänge, um tradicional reduto de políticos de esquerda, tem aumentado o apoio à extrema direita. A Suécia é um dos principais destinos de refugiados e imigrantes que tentam deixar regiões com conflitos rumo à Europa. No país, a legenda anti-imigrantes Partido dos Democratas Suecos é a terceira força política do país.

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