Casal vive 123 dias algemado para ‘testar’ relacionamento e decide romper

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Casal passou 123 dias algemado para tentar salvar relacionamento (Reprodução/Facebook)

Um casal da Ucrânia se separou definitivamente após passarem 123 dias algemados na tentativa de interromperem o ciclo de separação e reconciliação do relacionamento dos dois. Alexandr Kudlay e Viktoria Pustovitova, que moram na cidade de Kharkiv, decidiram se algemar no dia dos namorados europeu. O momento de quebra da algema foi transmitido pela TV.

Segundo o jornal The Guardian, o casal revelou que o experimento trouxe verdades incômodas. Ao longo do período em que passaram algemados, Alexandr e Viktoria fizeram tudo juntos, desde compras na mercearia até pausas para fumar cigarros. Ambos se revezavam para ir ao banheiro e tomar banho.

Viktoria, que inicialmente resistiu à ideia da algema, chorou ao falar sobre o rompimento. “Acho que será uma boa lição para nós, para outros casais ucranianos e casais no exterior não repetirem o que fizemos”, apontou. A esteticista apontou que o que ela mais sentiu falta foi de seu espaço pessoal, e notou que o companheiro não prestava atenção o suficiente enquanto estiveram acorrentados.

Gostaria de ouvir ‘estou com saudades’

“Ficamos juntos o dia todo. Não recebi nenhuma atenção de Alexandr porque estávamos constantemente juntos. Ele não me disse ‘estou com saudades’, mas eu gostaria de ouvir isso”, desabafou a moça, que tem 29 anos. Já seu ex-companheiro diz que não se arrepende de ter recorrido à medida para tentar salvar seu relacionamento.

Ele ainda acrescentou que as algemas o ajudaram a entender que eles não eram pessoas com interesses semelhantes. “Não estamos no mesmo comprimento de onda, somos totalmente diferentes”, disse Alexandr, que é vendedor de carros e tem 33 anos.

O ex-casal tem planos de leiloar a algema online e doar parte do dinheiro para instituições de caridade. Em seu Instagram, Viktoria Pustovitova postou uma foto de si com a seguinte legenda: “Larguei aquele a quem estava acorrentada e soldada, desisti daquele que amava loucamente, que era a dose de oxigênio e o condutor do ritmo do pulso”.

Andreza Miranda[email protected]

Graduada em Jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2020. Participou de duas reportagens premiadas pela CDL/BH (2021 e 2022); de reportagem do projeto MonitorA, vencedor do Prêmio Cláudio Weber Abramo (2021); e de duas reportagens premiadas pelo Sebrae Minas (2021 e 2023).

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