O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, usou pela primeira vez o termo genocídio para definir as ações da Rússia em relação à população ucraniana. Nessa terça-feira (12), em um evento no estado de Iowa, o estadunidense disse que um “ditador” está cometendo um “genocídio”, se referindo a Vladimir Putin. No mesmo dia, em conversa com jornalistas, o norte-americano reforçou o que havia dito.
“Sim, eu chamei essa situação de genocídio. Ficou cada vez mais claro que Putin está apenas tentando acabar com a ideia de ser ucraniano. E as evidências estão aumentando, é diferente do que era na semana passada, agora cada vez mais evidências estão surgindo”, disse.
Em outras ocasiões, o presidente dos EUA chamou Putin de “assassino” e “criminoso de guerra”. “Surgem coisas literalmente horríveis que os russos fizeram na Ucrânia, e nós só vamos descobrir mais e mais sobre a devastação. Vamos deixar que os advogados decidam internacionalmente como essas práticas se qualificam, mas com certeza parece assim para mim”, acrescentou.
Mais cedo, no evento em Iowa, Biden também associou o conflito na Ucrânia com a inflação mundial. “Seu orçamento familiar, sua capacidade de encher o tanque, nada disso deve depender de um ditador declarar guerra e cometer genocídio a meio mundo de distância”, comentou.
Putin diz que Rússia não pode ser isolada
O presidente russo, Vladimir Putin, alertou o Ocidente, nesta terça-feira (12), de que as tentativas de isolar Moscou vão fracassar. Ele citou o sucesso do programa espacial soviético como prova de que a Rússia pode alcançar avanços espetaculares em condições difíceis.
A Rússia garante que nunca mais vai depender do Ocidente, depois que os Estados Unidos (EUA) e aliados impuseram sanções para punir Putin, por sua ordem de 24 de fevereiro para invadir a Ucrânia, o que chamou de “operação militar especial”. “As sanções foram totais, o isolamento foi completo, mas a União Soviética ainda foi a primeira no espaço”, disse Putin, segundo a televisão estatal russa.
“Não pretendemos ficar isolados”, afirmou o presidente. “É impossível isolar severamente qualquer um no mundo moderno – especialmente um país tão vasto como a Rússia.”
Com Agência Brasil