Um jovem de 17 anos matou a própria mãe com 118 facadas e, em seguida, ligou para a polícia para pedir um “saco para guardar corpo”. O crime foi cometido por Rowan Thompson em julho do ano passado, e o jovem foi encontrado morto em outubro deste ano, aos 18 anos, quando estava detido em uma instituição para pessoas com sofrimento mental. As informações são do jornal britânico The Sun.
Thompson matou a mãe, Joanna Thompson, em Hambledon, vilarejo no condado de Hampshire, na Inglaterra, assim que os dois voltaram de uma caminhada durante a manhã. Ainda de acordo com o jornal, a mulher foi estrangulada até perder a consciência na sala de estar da casa onde ela morava. Informações sobre o caso foram divulgadas no julgamento, nesta segunda-feira (14).
Cerca de 10 a 15 minutos depois, o jovem voltou e a esfaqueou brutalmente, 38 vezes na testa, 64 vezes no pescoço e 16 vezes no braço. Por volta de 12h45, ele ligou para a polícia e disse, segundo a publicação, de maneira natural: “Eu acabei de matar a minha mãe. Eu preciso que alguém me prenda, já que é isso que se faz, e uma ambulância seria legal. Eu a estrangulei e a esfaqueei com várias facas. Ela não está respirando. Tragam um saco para guardar corpo, ou algo assim”.
Saúde mental
Rowan Thompson foi encontrado morto quatro dias antes da data prevista para o julgamento do crime. O policial que o prendeu disse que o jovem estava “extremamente calmo e comportado”, e “parecia estar mais preocupado com seu gato”. Ele ainda teria dito, durante a ligação para a polícia, que teria colocado as facas na máquina de lavar-louças, “só para se garantir”.
Ainda de acordo com o jornal, Thompson já havia passado por outras instituições de saúde mental, após uma tentativa de suicídio e alguns episódios depressivos. O pai do jovem, Marc Thompson, de 51 anos, disse no tribunal que as instituições “falharam” com seu filho. Ele acredita que mais medidas podiam ter sido tomadas durante suas internações antes que ele matasse a própria mãe.
“O que ele fez o destruiu, ele amava muito a mãe dele. Ele sabia que o que aconteceu estava errado, ele não lembrava daquilo até o dia em que morreu, mas sabia que estava errado”, afirmou o pai. Ele questionou o fato de que o jovem nunca foi diagnosticado com autismo e disse que “as coisas teriam sido diferentes” se o quadro fosse diagnosticado, já que seu tratamento consideraria a questão.
O adolescente morava com o pai e a madrasta e havia viajado para visitar a mãe. “Parece que ninguém nunca vai saber [o motivo do assassinato]. A única pessoa que sabe é Rowan, e ele não vai poder nos contar”, afirmou o médico legista Jason Pegg. A morte do jovem é investigada pela polícia local.